sábado, 31 de maio de 2014

O amor nasce na mesma intensidade ele morre - Cap. 16

-Não ouse fazer isso.-Era Robert, ele soltou a mão daquela garota e veio ate mim, me soltando das outras e me abraçando.-Se vocês se aproximarem dela novamente, vão se ver comigo.-E lançou um olhar assustador para elas e saímos de la, podendo então respirar aliviada
-PORQUE NÃO ME ESPEROU?-Disse Robert bravo.
-EU TRABALHO, BABACA, PORQUE ESTA BRAVO?
-PORQUE VOCÊ É UMA IDIOTA!-E me abraçou suspirando.-Se acontecer alguma coisa contigo, eu morro Esthela, sua grande idiota.
-Meu deus pare de me insultar.-Falei enquanto dava um selinho nele.
Fomos juntos ao meu trabalho.
-Olá Ruan.
-Robert!Esthela?Hm.
-Sim, depois dela muito insistir resolvi dar uma chance à ela.
-QUE?-Eu disse o socando de leve.
-Sei, sei.-Disse meu chefe.-Ah Esthela suas tarefas estão em cima do balcão.-E foi ate Robert que estava olhando para algumas prateleiras.
Eu fui ate o balcão e la estava minhas tarefas, junto delas um buque.Um buque? Olhei o cartão:
"Me desculpe Esthela, mas não consigo ficar afastado de você, é torturante, mesmo você não sendo minha.
Tudo bem pra mim, eu te amo.Ass.Tyler."
Eu estava perplexa, pousei minha mão sobre o buque, e pude sentir as pétalas macias, e então sorri involuntariamente.
-Tchau Esthela.-Robert gritou antes de sair.
Eu sentia falta da nossa amizade, ele me fazia bem.
-O que houve?
-Você viu isso?
-Sim, li também.Mas é normal não corresponder da mesma maneira ou...você sente?
-Mas que diabos esta falando? Claro que não, é só que...só que...é complicado.
-Me explique então, guardar pra si mesmo não vai ajudar.
-Ele foi importante na minha vida também, não quero ser egoísta, mas eu não queria me afastar dele também, mas sei que é pedir muito. Então tudo bem, porque eu amo o Robert, não tenho duvidas.
-Não se afaste, ele entenderá, o importante e que vocês se amam não deixe que ninguém estrague isso.-Eu apenas sorri.
Quando eu estava me preparando para ir Ruan me ofereceu carona.Quando chegamos em frente da minha casa agradeci.
-Obrigado, por tudo.
-Que isso, Tchau.
Eu acenei enquanto ele arrancava com o carro indo embora.Falei entrando:
-Cheguei.
-Bem vinda.-Gritou minha tia de algum comodo.
Fui para meu quarto, tomei um banho e depois de colocar a roupa, resolvi pegar um livro pra ler deitada na minha cama.
Algum tempo depois Robert entra no meu quarto.
-O que você esta fazendo.
-Lendo, você não esta vendo?
-Lendo o que?-Falou ele se deitando ao meu lado.
-"Amar é transformar a risada de alguém em melodia e dançar gargalhando à luz do luar."
-Poemas?-Disse arqueando sua sobrancelha.-Você gosta de ler?E esse é seu diário?-Disse apontando para meu caderninho.
-Sim, gosto, poemas, poesias, livros de romance, mistério, essas coisas toda, e esse "diário", são trechos de livros ou poemas que eu mais gosto.
-Legal, não sabia que você curtia essas coisas.
-Porque eu não pareço ser intelectual?-Eu disse ironicamente.
-Nem um pouco.Essas coisas não fazem meu tipo, tão sem graça.
-Me admira isso já que você escreve musicas.
-Musicas é bem diferente.
-Mas precisam ser escritas, são sentidas, tem que ter um letra bonita.
-Pode até ser, mais ler? Não, escrevo uma ou outra, faço mais melodias, as letras são com Ryan.
-Entendo, ah você não compreende a arte da leitura.-Disse sarcástica.
-Prefiro a arte corporal.-Falou maliciosamente, ficando por cima de mim.-Você também gosta, Esthela?
-Não, não gosto.-Falei corada, enquanto Robert beijava meu pescoço, e percorria meu corpo com as mãos.-Você é tão pervertido.
Então ele me deu um selinho sorrindo e que depois se tornou um beijo quente, depois seus beijos desceu para meu pescoço e seios deixando algumas marcas roxas.Aquelas emoções intensas me deixavam assustada e fora de si, aquela palpitação desregular, mãos suando.
-Rob...-Eu disse ofegante e ele resmungou algo em resposta entre beijos.-Para, por favor.-Ele passou a mão por debaixo da minha blusa.-PARA!-Gritei, Robert me olhou assustado e depois deu uma gargalhada.
-Como você é medrosa Esthela.
-Você é um babaca, sai do meu quarto!
Robert sorriu e me abraçou pela cintura.
-Quando você vai entender que nunca mais vou te deixar? Que eu nunca vou embora.
-Já entendi, você nunca vai me deixar em paz, mas sabe... não importa o que aconteça, eu só quero que no final você esteja ao meu lado.
-Eu sei você me acha sexy e me ama.
-O que?-Eu disse rindo.-Não força.-E riamos entre beijos e caricias.

Já havia passado uma semana, uma turbulenta semana, muitas fãs de Robert me perseguindo afinal ele não podia estar comigo 24h, só pararam quando Erick Thompson aquele riquinho mimado fez algo útil para a humanidade, pediu para a diretoria dar um comunicado geral na escola para as fãs me deixassem em paz se não seria tomadas providências mais serias, aquilo me deixou mais tranquila. Tyler me procurava e eu o evitava loucamente, ate escondida atrás do lixo já havia me escondido.
Eu e Robert estávamos firmes e fortes, ele sempre passava as noites comigo que era o tempo que podíamos ficar juntos, as vezes íamos na cafeteria, parque ou passeios noturnos. Esse final de semana estávamos livres, Robert não teria nenhum show e eu também não tinha nada previsto, então preparei um encontro romântico para nós e também eu queria fazer uma surpresinha para Robert...
Lá estava Robert olhando para meu pequeno embrulho, seus amigos espreitando "dirfaçadamente".
-Então você quer que eu abra o presente agora?-Disse Robert desconfiado.
-SIIIM!-Eu disse animadamente.
-Esta bem.-Disse sorrindo e começou a desembrulhar o presente.-UMA CUECA?-Falou pegando a cueca minuscula, enquanto seus amigos davam gargalhadas, eu me segurava firmemente.
-Espero ter acertado o tamanho.-E cai na gargalhada também, ele continuou gritando dizendo que ele não usava aquele tamanho, eu ria incontrolavelmente junto com os amigos de Robert.Eu suspirei tentando controlar minha risada.
-Ai, ai, calma Esthela...Robert isso é uma brincadeira.
-Já percebi!-Falou meio irritado cruzando os braços.
-Eu tenho outra surpresa.
-Já chega! Só me compense na cama e esta tudo perfeito.
-Calado!-Eu disse corada.-Você topa ou não?
-Com você eu topo tudo.-E me deu um beijo.Nós despedimos dos rapazes e fomos para nossa tarde romântica.Logo chegamos no parque e eu o indiquei para o lago.
-O que? Vamos ver sapos nadar no lago ?
-Não babaca...espera...tem sapos nesse lago?-Eu disse um pouco apavorada, ele sorriu e disse:
-Vamos logo.
Peguei o barco que havia alugado, já estava tudo preparado, cesta com algumas guloseimas, bebidas e meu livro de meus trechos preferidos.
-O que é isso? Uma tarde literária?
-Você esta mais irritante que o normal.
Entramos no barco e fomos navegando ate o meio do lago e paramos.
-Não há lugar mais bonito para ler...-Robert resmungou algo.-...e namorar é claro.-Robert abriu um sorriso.
-Agora falou a minha língua.
-Quem vai começar ler?-Robert fez cara de desinterresado, então comecei
"Eu te beijo escrevendo poemas.
Os poemas melancólicos são os beijos mais próximos, os ditos melosos.
Os tristes, são os beijos entre soluços e lagrimas,
Já poemas felizes, são aqueles que não se regram a meros lábios,
beijam de corpo a corpo. Eu sou o poeta do beijo."


-Cara, nunca pensei que eu iria gostar.-Eu dei um sorriso satisfeita e levei meu livro ate ele.-Entendi:
"Minha pele encontra-se irritada 
com marcas feridas a brasa,
minha pele encontra-se chamuscada
queimada de dentro pra fora pelo desejo
de fora para dentro pelo brasão do teu beijo ardente, carente,
um tanto eloquente." 

Ele me olhou-Caramba Esthela versos libidinosos.Dei uma daquelas risadas gostosas e Robert retribuiu.
-São versos intensos.-Disse um pouco envergonhada.
E assim ficamos recitando vários poemas, eu conhecia a maioria então Robert lia mais de um, parecia animado o que me deixou feliz, extremamente feliz.Eu e Robert paramos um pouco para comermos algo.
-É então parece que nossa "tarde literária"  não foi totalmente perda de tempo?
-É o que parece.-Disse irônico.-Mas cadê a parte do "namoro"?
-Talvez eu tenha mentindo um pouco.-Disse provocativa.
Robert se levantou e começou a vir sobe minha direção o que fez com que o barco fizesse movimentos de la pra cá.
-Robert você vai virar o barco.-Falei o repreendendo.
-Só um idiota viraria um barco.-Falava Robert quando se desequilibrou e caiu na água. Eu gargalhava.
-Realmente, um idiota.
Robert também dava risada quando se aproximou do barco.
-Idiota? Ah é? Veremos.-Falou dando risadinha.E logo me puxou do barco.
-ROBERT NÃO!-Gritei antes de cair na água.-Ah não.-Choraminguei enquanto jogava água em Robert que revidava, e assim ficamos algum tempo nos divertindo na água.
.

-Vamos sair.-Disse Robert serio.
-Serio? Sr. Robert acabando com a diversão?-Eu disse surpresa.
-Claro.-Disse ele se aproximando de mim pela água.-Você pode ficar doente.-E me levantou pela cintura e me colocou no barco.-Vamos pra casa.-Disse Robert por fim.
Fui o fizemos, viemos para casa.
-Eu vou no meu quarto, depois dou uma passadinha no seu.-E deu uma piscadinha e eu retribui sorrindo.
Quando eu estava abrindo a porta do meu quarto, Robert veio correndo e me beijou.
-Você é mesmo uma danadinha.
-Gostou da surpresa?
-Então a nossa tarde?
-Sim foi só para você não ver a surpresa.
Ele me puxou e fomos ate seu quarto.
-Obrigado pelo céu.-Disse ele sorrindo.O teto do quarto de Robert estava repleto de estrelas, planetas...um céu fictício, estava lindo.
-Eu também tenho algo para você, eu ia te entregar amanhã, no dia dos namorados mas...-Falou enquanto tirava um linda caixa de presente.-Aqui.
Eu abri enquanto nos sentávamos na cama de Robert.
-Você esta de brincadeira né?-Eu disse corada quando olhei dentro da caixa, uma lingerie vermelha.
-Digno de um céu estrelado não acha?
-Ai seu idiota!-Falei jogando a lingerie em Robert.
-Olha na caixa de novo.
E quando eu olhei tinha um livro.
-A culpa é das estrelas.-E sorri ao ler o titulo do livro.-Obrigado Rob.-E dei-lhe um selinho o que fez Robert sorrir.-Quantos sorrisos você deu hoje?-Eu disse curiosa.
-Dou um cada vez que me lembro de você.
-E isso é muito?
-Passo o dia sorrindo.
Tinha medo de um "eu te amo" sair da minha boca, até que naquela hora ele saiu.Eu gelei, olhei para Robert que sorriu e disse:
-Eu também.-E o silencio reinou com Robert sorrindo e me fitando com os olhos brilhando.
-Estou com frio.-Falei.
-Quer alguma blusa minha?-Robert disse preocupado.
-Ai cara! Espera, não é assim, você tem que me abraçar! Vamos começar de novo...estou com frio.
Robert riu e me abraçou fortemente fazendo eu cair na cama, deitando. Não existia nada mais forte, seguro e protetor do que aquele abraço, não qualquer abraço, mas o do Rob.
-Deite-se sobre meus braços, durma segura.-Sussurrou Robert antes de me dar um beijo na testa e fechar os olhos, eu me aconcheguei naqueles braços e fiz o mesmo.


Quando acordei Robert não estava mais ali.
-Ai idiota me deixou sozinha.-Disse aborrecida e ainda sonolenta.
Fui para meu quarto escovei os dentes, tomei banho, me troquei e desci para o café.
-Bom dia,tia.-Falei lhe dando um beijo na bochecha.
-Bom dia querida.
-Cade o Rob?
-Saiu logo cedo.
-Ah é? Ele disse pra onde iria?
-Não me disse nada.
-Esta bem, então já vou indo para escola quem sabe não o encontro.
Engoli um copo de suco, peguei uma torrada e fui para à escola.
No caminho, paro em alguns lugares e nada de Robert, ate que desisti. Ja estava perto da escola quando uma vitrine de uma loja me chama atenção, la estava uma pulseira de rock, super fofa,  eu já tinha feito aquela surpresa mas resolvi presentear para Robert, já que hoje era o dia dos namorados.Comprei e nela gravei um verso de umas das suas musicas "Sussurro seu nome em meio à escuridão" e nossas iniciais "R.E".
E sigo para escola, antes de entrar para a sala vou ate o armário de Robert e deixo seu presente la, é tradição deixar presentes em armários, em frentes portas, muitos se declaram levando presentes ao seus amados, também servia para amigos ou familiares.No armário de Robert estava cheio de presentes, fãs.Deixem o meu e fui ate a sala, os presentes só eram abertos no intervalo.Que chegou rapidamente, tentei achar Robert e nada e então vou para meu armário. Quando abro tem um pequeno embrulho, flores e algumas cartinhas românticas. Abro o embrulho e dentro dele havia um ursinho junto com uma caixinha, abro a caixinha e la havia duas alianças.
-ô meu deus.-Eu disse encantada, li nossos nomes grifados.Olhei para as flores.Se este é o presente do Robert, aquele era do Tyler.Na mosca, não havia cartão mas eram as mesmas flores do outro dia só que erma de outra tonalidade. Ja as cartinhas eram de alunos que eu nunca havia falado.Guardei os presentes e peguei somente o ursinho e coloquei a aliança.
-Boa menina.-Disse Robert por trás, me virei.-Gostou?
-Adorei!-Eu disse com um grande sorriso.-É Oficial?
-Claro, pra sempre meu anjo.-Falou segurando meu rosto com as mãos e então eu vi que no pulso dele estava a pulseira que eu dei e em uma de suas mãos havia uma aliança também.-Ah e obrigado pelo presente, foi o que eu mais gostei, te amo.-Sorriu e me deu um beijo.


-Eu também.-Sussurrei enquanto o abraçava.
-Deus sabe o quanto isso é difícil pra mim, mas hoje terei ensaio então não vou poder ficar insistindo para fazermos... você sabe.-Disse piscando e sorrindo.
-Idiota, devo agradecer à quem?
Ele ficou comigo durante o intervalo, depois fomos para a aula.De tarde fui ao meu trabalho, no qual tive que organizar todos os novos instrumentos que havia chegado, cheguei em casa exausta, tomei um banho e me deitei "desmaiando" na cama.
Acordo com meu celular tocando:
-Alô?
-Esthela, Robert  e seus amigos, estão levando eles para a delegacia.-Era Ruan.
-Como? Estou indo para ai.
Me troquei rapidamente e corri para a delegacia.
-Oi, por favor, onde esta o rapazes que foram presos agora a pouco?
-Eles estão conversando com o delegado.-Disse um policia que ali estava.
-Pode me dizer o que aconteceu?
-Parece que eles são de uma gangue, bateram em um rapaz até a morte.
Eu agradeci e esperei Robert sair, logo que sairão suas respectiva famílias foram ate os meninos Alex, Joe e Ryan. Me senti meio fora de contexto então fiquei só espreitando.Pelo que eu havia entendido eles se envolveram em uma briga, "briga de gangues" e um dos rapaz da outra fora morto.Robert se aproximou de mim:
-Como foi capaz Robert?
-O que?
-Se meter com algo assim? Mas eu tento entender que foi por influências.-E abaixei a cabeça, segurando as lagrimas.
-Eu não quero te ver nunca mais Esthela. Nunca mais.-E saiu me dando as costas.
Como? Eu que deveria ter aquela reação...ele não tem o direito. Passei por cima de tudo, perdoando, por amor.
Eu estava parada perplexa, minha tia me chamou para irmos para casa. No caminho minha tia chorava incontrolavelmente enquanto meu tio tentava consola-la.
-Calma, você sabe que ele não faria isso. Ele vai ficar pouco tempo já liguei para meu advogado, Ruan tem câmeras de segurança de lá perto que vão afirmar que Robert só estava ali tentando impedir seus amigos.
-Eu sei que ele não faria, então porque ele tem que ficar la?-Choramingava minha tia.
-Só ate o julgamento, meu amor, tenha calma por favor, só fara com que Robert fique pior.
Eu continuei calada no carro, estava amanhecendo.Quando cheguei em casa corri para o quarto. Olhei no espelho e vi um abismo em meu olhar , olhei para minha mão que ali havia a aliança e em um canto do quarto me encolhi coloquei minha cabeça sobre meus joelhos e deixei as lagrimas irracionais caírem desenfreadas.
Eu não sabia em que acreditar e as duas opções me deixavam completamente desnorteada. Chorei ate dar dor de cabeça, chorei ate dormir...e acordei chorando ainda mais.
Ja era tarde então tive que correr para o trabalho.
-Boa tarde Ruan.-Falei com uma voz rouca.
-Oh querida, boa tarde, você esta bem?
-Estou.
-Não parece.-E me abraçou e lagrimas brotou dos meus olhos.
-Estou bem.-Disse sentindo as lagrimas rolarem sobre minha face.
-Ele vai ficar bem, todo mundo sabe que ele seria incapaz de algo assim.
-Você também acredita?
-Mas é claro quem conhece e ama o Robert sabe disso.
- Então talvez eu não o conheça...ou não o ame.-Ruan me olhou confuso.-Eu não acreditei.
Ruan me olhou com um olhar piedoso e me abraçou novamente.
-Ô querida.-Nem mesmo ele sabia achar palavras, então ele me dispensou do trabalho até que me sentisse bem. Não sei se ele fez bem, em casa eu só chorava, me alimentava mal e quando alguém ia me consolar sempre falava a mesma coisa "ele nunca faria isso, nos acreditamos nele", o que me fazia me sentir cada vez pior, eu que era a namorada dele não havia acreditado, mas que especie de pessoa eu era afinal?
Finalmente passou uma semana, e o dia do julgamento havia chegado todos estavam do lado de Robert, inclusive eu, mas acho que isso não contava mais.
Eu estava sentada um pouco mais no fundo quando Robert entrou pela aquela sala, com uma expressão de dor e ódio, eu me encolhi um pouco na cadeira e depois observei Robert não estava nem com a aliança e muito menos com a pulseira que eu havia dado, percebi que ele percorria a sala com os olhos, ate que seus olhos pousou sobre mim, ficamos nos encarando por um tempo ate que eu desviei o olhar e olhei para o chão me sentia envergonhada, quando olhei novamente ele estava fitando suas mãos fechado em punho.
Quando o juiz viu as gravações concluiu que Robert era inocente, e o que eu havia concluído era: Eu havia julgado sem ao menos saber o que tinha acontecido de fato, eu era a pior.
No final os culpados foram encaminhados para fundações de menores, menos Robert e Alex foram inocentados.
"Foi um julgamento justo", todos diziam quando saímos do tribunal, Robert não tinha falado uma palavra e minha tia estava enroscada em um de seus braços e meu tio ia na frente falando com alguns homens e eu novamente fora de contexto.
No carro Robert ficou um pouco incomodado com minha presença, o que só fez eu me sentir pior e pior.
Ja em casa me senti uma vontade irrevogável de falar com Robert, então fui ate o quarto dele, quando cheguei no seu quarto me deparei com ele arrancando o céu fictício.
-Posso entrar?-Perguntei cabisbaixa.
-Não.-Disse ríspido, sem ao menos olhar para minha cara.
-A-Ah.-Gaguejei.-Entendo, você quer descansar.
-Não, eu só não quero falar com você.-Engoli um seco e segurei minhas lagrimas sentindo um nó na garganta.
-Mas...mas...porque?
-Sai Esthela.-Disse Robert tentando manter a calma.
-Mas eu te amo.
- Ama? Você não acreditou em mim. Você achou que eu mataria alguém. Meu deus Esthela.
- Eu errei, mas se põe no meu lugar, por favor.
- Se eu me por em seu lugar posso descobrir que tudo que você disse sentir por mim é mentira! Saia!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Confissões - Capitulo 15 part.2





“É que o coração não pensa.”
— Legião Urbana.

Meus pensamentos e atenção estavam totalmente focados em Robert, aquele idiota.De repente esbarro em alguém o que me faz perder o equilíbrio mas por sorte a pessoa me segura pelo pulso.
-Ai, me desculpa, eu estava distraida.
-Sempre né Esthela?
-Tyler, o que você esta fazendo aqui?-Quando olhei ele melhor.-E vestido assim?-Falei espantada.
-Vim trabalhar de garçom, ganhar um dinheiro.-Falou sorrindo.
-Ah sim, esta trabalhando nesse bar?
-Na verdade é um clube, tem danças aqui, mas é so por hoje, por causa do evento.
-Ah sim, que pena que você tem que trabalhar ia adorar sua companhia.
-Mesmo?
-Claro!
-Seu namorado não iria gostar.-Falou desapontado.
"Namorado", aquela palavra ecoou pela minha cabeça.
-Que historia é essa?
-Ahh, eu vi você beijar aquele rapaz.-E apontou para Robert, que expreitava.
-ELE É UM IDIOTA!Que fez isso...porque...imbecil...ai que raiva.
Tyler deu aqueles seus sorrisos encantadores.
-Que bom saber isso, então posso ter esperança.
-Acho que pode.-Disse corada.
-Fofa!-Disse Tyler do nada.
-O que?-Eu disse confusa.
-Você, ficou fofa envergonhada.
Aquele tinha me deixado embaraçada, coloquei minhas mãos sobre meu rosto quente, Tyler sorriu e eu retribui.
-Fofa.
-Você vai perder seu emprego, caso fique flertando com as convidadas.-Disse Robert serio, me puxando pelo braço.Tyler simplesmente ignorou Robert e olhou pra mim.
-Ele esta te machucando?
-Ah, não.
-Vamos Esthela, vai começar o show, fique la na frente.-Robert falou me puxando, eu sorri para Tyler que ficou imovel onde estava vendo eu ser praticamente arrastada por Robert.Quando nos afastamos de Tyler, falei:
-O que você esta fazendo, babaca?Me solte.-E puxei meu braço.-Que tipo de imbecil é você?
Ele continuou de costas para mim.
-Não pude controlar, ver você sorrindo assim para outro.-E virou-se me olhando com lagrimas nos olhos.-Não vê que você me pertence Esthela? Eu sei que passei todas as vidas, antes desta, procurando você. Não alguém como você, mas você, porque sua alma e a minha têm de estar sempre juntas.Estou com ciúmes é tão errado assim?





Aquela declaração fervorosa me deixou assustada, mas...eu senti algo em mim, que acreditaram naquelas palavras, aquelas palavras que quando ouvidas se tornaram Fortes e verdadeiras.
-Rob, você tem que ir, esta atrasado.
-Ah sim.-Robert engoliu um seco e virou-se para ir em direção ao palco, ma antes virou novamente tentando me roubar um beijo
-AINDA ESTOU BRAVA!-Gritei.
-Você é uma marrentinha.-Ele sorriu, segurando meu cachecol, eu pensei que ele me beijaria então fechei os olhos.


-Idiota.-Sussurrou enquanto subia ao palco me deixando com cara de taxo.Logo o show começou:

A little bit of loneliness
A little bit of disregard
A handful of complaints
But I can't help the fact
That everyone can see these scars

I am
What I want you to want
What I want you to feel
But it's like no matter what I do
I can't convince you
To just believe this is real
So I let go, watching you
Turn your back like you always do
Face away and pretend that I'm not
But I'll be here
'Cause you're all that I've got ♫♪

Eles e seus amigos arrasaram, deixando suas fãs enlouquecidas e eufóricas, eu já sabia como era depois de um show então me mantive no mesmo lugar.Um rapaz bem atraente que estava na festa se aproximou de mim:
-Prazer, Erick.
-Prazer, Esthela.
Ele pegou minha mão e beijou-a, achei meio antiguado mas encantador ao mesmo tempo.
-Você é daqui da cidade?
-Me mudei faz pouco tempo.
-Sabia, nunca tinha visto você, e particularmente conheço todos da região.-Falou sorrindo gentilmente.-E eu não me esqueceria de uma pessoa tão linda como você.-Seu sorriso mudou naquele momento, aquele sorriso malandro apareceu.-Sou o filho do prefeito.Não tive o prazer de te conhecer antes, uma pena, mas sempre podemos reparar os erros.
E me tascou um beijo enquanto segurava meus braços com força.Mas que abusado!Logo dei-lhe uma mordida nos lábios.
-Me solta, seu nojento.-Falei enquanto desferia um tapa na cara.Ele me olhou passando a mão sobre a face e depois deu aquele mesmo sorriso e gritou:
-ESSA LOUCA ME AGREDIU!SAI DA MINHA FESTA JÁ!
Todos os convidados que estavam em volta olharam para nós assustados, enquanto ele segurava meu braço fortemente e foi me arrastando, chega alguém e me puxa, me soltando dos braços daquele cafajeste.
-Solte-a!-Tyler falava enquanto o empurrava e me afastava dele.-Seu Riquinho mimado.-Falou enojado.
-Um garçom?-E deu uma gargalhada.-Saia os dois.
-Com muito prazer, não irei trabalhar para um nojento como você!Vamos Esthela.
Falou me puxando e me tirando de lá.
-VOU ACABAR COM VOCÊ!-Gritou aquele tarado.
Ao sairmos de lá, Tyler arqueou os ombros para baixo se apoiando as mãos nos joelhos.
-Vai ser difícil arrumar um emprego agora com o filho do prefeito te odiando.
-Me desculpa...-Falei desanimada.
-Não, que isso Esthela, eu nunca te deixaria em uma situação como aquela, era quase uma obrigação para mim.-Disse se erguendo, olhou em meus olhos, acariciou minha face e sorrindo disse.-É difícil não te imaginar minha.
Ate Robert chega nos surpreendendo, ele possesso tira a mão de Tyler de mim e o empurra, automaticamente seguro Robert pela cintura.
-Não chega perto dela!
-Robert, não.
-Que eu saiba, você não é nada dela!-Declara Tyler.
-Esta enganado, diga a ele Esthela.
O que? Dizer? Ele estava me colocando no meio da " guerra".
-Ele só estava me ajudando Robert, um tarado me agarrou la dentro e armou pra cima de mim.-Desconversei.
-Como? Quem?
-O tal de Erick, filho do prefeito.
-Ja adivinhava, ele sempre faz esses truquezinhos baratos, por isso não queria te deixar sozinha.Mas esse playboyzinho vai ter o que merece.
-Para Robert! Que saco, vamos embora.Agora.
Ele não retrucou, foi ai que me dei conta que Tyler ainda estava ali vendo aquela cena, me voltei a ele.-Me desculpa Tyler, e obrigado também.Você sempre me protegendo.
-Isso é pra demostrar que o que sinto é verdadeiro, saiba que eu não vou desistir, principalmente por um idiota como você havia falado.-Tyler disse sorrindo provocativo.
Aquilo estava com um clima tenso, Robert rangeu os dentes e serrou o punho, eu automaticamente empurrei ele dali.
Quando estávamos a caminho do ponto de ônibus.
-Verdade o que ele disse?
-Ele costuma não mentir.
-Devia ter sido eu, não ele.
-Prefiro que tenha sido ele, a confusão seria mil vezes pior.
-Quando você esta em perigo e por ele que você chama?-Disse angustiado.
-Eu preferia mil vezes que fosse eu em perigo do que você, então eu me conformo, porque eu não quero te ver em uma situação dessa, quando a gente ama a pessoa nós desejamos só o melhor pra ela não é mesmo?-Disse enquanto segurava sua mão, meu coração parecia que ia sair pela boca.-E outra, não sou nenhuma donzela em perigo, por favor.
-Isso foi quase um "eu te amo", sabia?
-Nossa, acabou de estragar o clima, só se for amor de primos.
Ele riu e depois serio ele disse:
-Esthela, acho que estou apaixonado por você.
Eu acho que eu ate queria falar que eu também, mas eu tinha medo.Era complicado falar do coração principalmente daquele que já foi machucado.Por essa palavra que chamam de "amor".
-Isso é obvio.Você tem que gostar daquela que você intitula namorada.
Ele sorriu como nunca tinha feito antes.
-Claro, namorada.
Quando subimos no ônibus Robert segurou minha mão, e assim fomos a viagem inteira, uma vez ou outra eu olhava para Robert e ele estava sempre com aquele sorriso, as vezes suspirava, as vezes corava, e subitamente nessas ocasiões eu também sentia meu rosto quente, minhas mãos frias e uma pulsação frenética, e era automático eu ter que suspirar ate mesmo para controlar os meus batimentos. Eu estava tão feliz, mas eu não conseguia entender o motivo, eu estava quase tendo um ataque cardíaco e mesmo assim estava feliz. Então vieram aquelas lembranças que sucederam ate aquele momento, não era romântico, serio, estávamos sentados em um banco do ônibus, Robert em silencio sorria enquanto olhava fixo a minha mão na qual acariciava e segurava, e eu estava ao seu lado olhando sua expressão encantadora e ate mesmo "apaixonado", isso não era o sonho de romantismo, nem aquelas cenas de filme, mas pra mim estava tão perfeito, talvez eu fosse uma idiota mesmo...ou pior uma idiota apaixonada.
Aquilo gelou ate minha alma, eu estava apaixonada, e eu tinha medo de dizer e sentir. E em uma dessas eu quebrei a cara, me machuquei. O amor era pra ser bom, certo? Mas pra mim só causava dor. E aquilo me corroía. Me deixava insegura.
-Sabe qual é meu objetivo?-Falou Robert enquanto descíamos do ônibus.
-Cantar?-Eu disse confusa com sua pergunta.
-Não, lado amoroso.
-Não especificamente.-Disse um pouco confusa.
-Meu objetivo não é somente te fazer feliz, é ser feliz ao teu lado sabendo que você é feliz ao meu. Me desculpe se estou de pressionando é que você é parte de mim que eu não posso deixar ir embora.
Naquele momento eu só queria parar de ter medo de falar o que eu Estava sentindo de verdade. Eu o entendia, ele se declarava e eu simplesmente o "enrolava", talvez ele estivesse com medo de que aquela esperança só fosse um erro de interpretação.
-Eu sinto, mas não demonstro, mas o que eu não demonstro eu sinto em dobro.-Ele pareceu confuso, o que me fez rir.-Eu sou uma medrosa ta legal? Tenha paciência e não desiste de mim, que eu sei que eu posso ser o que você sonhou.
-Você já é!-Falou sorrindo.

Em casa, ele parou na porta do meu quarto e beijou delicadamente meus lábios, sorriu e foi para seu quarto sem dizer uma só palavra.
Acordar no outro dia e senti toda aquela felicidade me inundar era maravilhoso, aquela paz na alma, aqueles passos como se estivesse caminhando nas nuvens, aquele cantarolar que insiste em sair, foi assim que eu acordei, estava escancarado minha felicidade.
-Bom dia tia maravilhosa e linda!
-Bom dia.
-Qual é o motivo da alegria?
Pensei um pouco se contava ou não.
-Nada.-Falei sorrindo.
-Parece que o fim de semana foi bom.
-Sim, maravilhoso, me diverti bastante.
Comecei a contar detalhes da festa para minha tia, quando ouvimos Robert descer as escadas correndo.
-PORQUE NÃO ME ACORDARAM?-Falava com uma escova na boca enquanto vestia as pressas sua camisa.
-NINGUÉM MANDOU SE ATRASAR BABACA!-Eu disse irritada por ele estar irritado.
-CALA BOCA! NÃO ME IRRITE AINDA MAIS!
Depois de esperar Robert engolir o cafe, corremos para o ponto e para escola, normalmente iriamos a pé mais naquele dia devido ao atraso de Robert fomos de ônibus. Estava andando na frente apressada e irritada.
-Porque esta brava? Eu que devia estar bravo.-Falou ironicamente.
-Não é porque você tem um mal dia, você tem que estragar os dos outros.-Falei irritada, me virando para olhar para Robert.Ele parou de caminhar e ficou me olhando fixamente.-O que foi babaca?
Passou os dedos entre meus cabelos.
-Você é bonita de qualquer jeito.-Eu estava irritada mas mesmo assim senti meu rosto quente.-Consegui!-Falou glorioso.
-Conseguiu?-Disse confusa.
-Passou sua raiva.-E sorriu.
-Ai, ai, imbecil...-Falei enquanto me escapava um sorriso, ele me deu um selinho e seguimos para a escola de mãos dadas alegremente.
Quando chegamos na escola todos os olhares foram transmitidos para nós, logo nos separamos e fomos cada um para sua sala.
As aulas passaram rápidas, parece que quando estamos felizes o tempo voa.Estava indo para o trabalho, quando algumas garotas me surpreende em um beco.
-Ei você? Você é a Esthela não é?
-Sim, sou eu mesma.-Eu disse simpática.
-Então é você a vagabunda que esta se envolvendo com meu Robert!
-Como?-Eu disse incrédula, nem consegui reagir e duas garotas que estavam com ela vieram e seguraram meus braços.-O que me solta!
-Vou te dar um lição pra nunca se aproximar do MEU ROBERT!-Gritou feito logo e fechou o punho e quando ia desferir alguém segurou sua mão.










domingo, 11 de maio de 2014

Confissões - Capitulo 15 part.1



"Cada riso meu tem alguma influência sua."
-Livis Rodrigues.

Um bloqueio forte, intenso e provavelmente indestrutível.
Depois do café, eu fui pra casa.Já no meu quarto, deitei esparramada na cama e fechei meus olhos.
-Esthela?-Quando abri os olhos, lá estava Robert à me olhar maliciosamente dos pés a cabeça, fiquei envergonhada e logo me sentei na cama.
-O que você quer?-Falei ríspida.
-Só passei pra avisar que amanhã vou cantar em um bar bem legal, sim é um convite, idiota.
-Ta, agora sai do meu quarto e para de me chamar de idiota, que saco.
-Considere um apelido carinhoso.-Falou se deitando ao meu lado.
-Ah! Sai, sai, sai.-Falei enquanto empurrava seu corpo com os pés.Ele sorri.
-Que isso, Esthela? Antes você não ligava.
-Antes eu não sabia os reais motivos.Vaza!
-E o que mudou? No final eu não fazia nada mesmo, era deprimente, vinha cheio de esperanças.-Falou sorrindo.
-Você é um safado, nojento.
-Esthela, lembra quando eramos pequenos, que nós brincávamos de dar vários beijos pelo rosto?
-Lembro, você sempre foi um safado, eu toda inocente pensava que era só uma brincadeira, mas na verdade você se aproveitava da minha ingenuidade.
-Ah, para Esthela, vai dizer que não gostava?-Falou se aproximando.
-Já disse que não..-Falei enquanto empurrava seu rosto com as mãos, ele segurou-as e começou à me dar beijos por todo meu rosto.-Para, para, Robert seu pervertido!
Ele sorria e dava gargalhadas se divertindo enquanto nós rolávamos na cama enquanto eu tentava para-lo.
-O.K, vou parar.-disse ele recuperando o folego.-Só falta um lugarzinho e eu paro, okay?-Eu assenti com a cabeça e ele beijou a pontinha do meu nariz, o que me fez escapar uma risada.
-Como você é besta, agora sai de cima de mim.
-Falei que eu iria parar te de beijar, só isso.
-Sai, Robert seu imbecil! Sai!-Ele simplesmente deitou com a cabeça sobre meus seios, o que fez com meu rosto ficasse quente e aquela maldita palpitação.Ele ergueu a cabeça e ficou cara a cara comigo.
-Você também sente?-Pegou uma das minhas mãos e colocou sobre seu coração, batia rapidamente, enlouquecidamente, desesperadamente.-Você sabe o que é isso Esthela?
Ele falava olhando para minha boca e cada palavra se aproximava mais e mais.Eu estava nervosa, queria fugir dali o mais depressa possível, então logo meu corpo reagiu e agora eu estava sobre Robert.Ele sorriu e logo afagou meu rosto e depois passou os dedos entre meus cabelos, ainda sorrindo.Meu corpo agia sem pensar, cada vez mais próxima dos lábios de Robert...E agora que desejo incontrolável era aquele?
-Esthela?-Era minha tia falando atrás da porta.
Movi meu corpo para trás para sair de cima de Robert rapidamente, mas algo enroscou.
-Ai, está preso Robert, meu cabelo prendeu no pingente da sua blusa!-Disse desesperada.Eu puxava o cabelo na inútil tentativa de soltar, Robert também.
-Esthela? Estou entrando-Falou enquanto virou a maçaneta e entrou logo deu de cara com aquela cena, eu em cima de Robert em minha cama.Pronto, morri.
-AH!-Gritou assustada e constrangida.-Não queria atrapalhar, oh deus, desculpa.
-Tia, tia, tia... não é nada disso...-Justificava mas minha tia saiu rapidamente do quarto.Enquanto eu estava morrendo de vergonha, Robert ria da situação.
-BABACA! Para de rir, imbecil!Que raiva...nossa.-E finalmente o cabelo soltou-se do pingente, me levantei rápido.-Vou explicar pra minha tia, mas como vou olhar pra cara dela...ai deus!
-Calma Esthela, eu converso com ela.-Disse ainda rindo.
-Palhaço!Nossa que raiva!Sai do meu quarto!-Disse brava enquanto empurrava ele do meu quarto.
-Eu venho...-Robert dizia quando fechei a porta em sua cara.
Eu estava constrangida, imagina as ideias que estavam surgindo na mente da minha tia?
-Ai que raiva, que raiva.-Falava enquanto batia com as mãos na minha cabeça.
Tranquei meu quarto e me deitei na cama enquanto revivia aquela cena embaraçosa.Adormeci só acordei quando ouvi alguém girar a maçaneta.
-Esthela, é o Robert.-Disse baixo.
Eu continuei calada, não queria vê-lo, não agora.Ele logo desistiu e eu voltei a dormir.
Quando acordei repudiei minhas lembranças e fiz tudo normalmente, escovei os dentes, me arrumei e desci para o café, quando cheguei na cozinha minha tia já havia preparado o café.
-Bom dia tia.-Eu disse sem graça.
-Bom dia querida, não precisa se envergonhar, Robert me explicou tudo.
-Que bom tia.-Disse aliviada.-O tio é bem ausente, não é?-Desconversei.
-O trabalho dele exige muitas viagens, é difícil vê-lo em casa.
-Você não se sente só?
-Não, eu tenho um pedacinho dele comigo.-E sorriu, logo Robert  entrou na cozinha com um largo sorriso.
-Bom dia senhoritas.
-Bom dia.-Dissemos em coro.
-Os acontecimentos passados rendeu muitos maus entendidos...-Falava Robert quando eu o interrompi.
-Que já foram esclarecidos e esquecidos!
Minha tia deu uma risadinha e logo saiu da cozinha.
-Que irritante!
-E você é um babaca!-Ele deu de ombros e desconversou:
-Porque você trancou a porta ontem?
-Porque...espera aí...como você sabe que eu não tranco?
-Só falei por falar.-Falou sarcástico.
-Ahhhhhhhh...seu pervertido-Falei enquanto jogava o guardanapo sobre ele, que ria.-Anda me visitando anoite?Você tem mais segredos pervertidos como esse, Rob? Você guarda alguma roupa intima minha?-Eu disse provocativa.
-Não, idiota, eu só gosto de te ver dormindo.
-Espera...espera...você também escreve musicas...você é definitivamente o maluco que me visita anoite e fica sussurrando em meu ouvido.-Falei me levantando da mesa.Ele apenas sorria.-Você é estranho.
Ele se levantou e foi se retirando da cozinha.
-PORQUE,Rob?-Ele me olhou antes de sair e disse:
-Porque talvez eu goste de você, idiota.
-Gosta de mim...ha ha ha...-Resmunguei.-ESPERA!GOSTA DE MIM?ROBERT VOLTE JÁ!-Gritava enlouquecida enquanto procurava ele pela casa, mas nada.
-Acho que saiu, ai que idiota, que saco-Resmunguei.
-Falando sozinha querida?
-Ah tia e que o Robert me falou uma coisa, mas não explicou direito.
-Ele falou que gostava de você?
-Como você sabe?-Disse espantada.
-Esthela, basta olhar como ele olha e sorri quando esta contigo e... ele me falou ontem, enquanto me explicava.-Disse com um grande sorriso.
-Ah é?-Eu disse arregalando os olhos curiosa.-E o que ele disse?
-Ora, que gostava de você.
-Só isso? Nada mais? Ele falou como? Tinha um tom diferente? Os olhos dele brilharam? Ele falou algo sobre mim?
-Parece que você esta bem interessada, talvez goste dele também.-Disse minha tia com um sorrisinho no rosto.
-Não, não, só curiosidade tia! Só isso.
-Que pena, vocês formam um casal tão lindo.-E deu um sorriso e depois saiu da sala alegando que tinha roupas pra passar.
Eu não estava interessada em Robert, só queria saber mais, só isso.
Estava eu em frente a TV pensando no que fazer nesse belo domingo. Acho que vou ate o parque, não, não, já sei café, sim, sim, talvez eu encontre Robert por ai, ah é mesmo ele disse que tocaria hoje, me convidou, não pude deixar de ficar feliz, então provavelmente ele vira pra casa em breve. Comecei assistir aqueles seriados super melosos e o pior de tudo não parava de pensar em Robert.Vou ate a cozinha pegar um copo de água, abro a geladeira pego a jarra, coloco agua e volto para sala.
-ESTHELA!-Robert surge do nada, me dando um baita susto.
-AHHHHHHHHHHH!QUER ME MATAR DO CORAÇÃO? SEU INFELIZ!
-Como você é idiota.-Disse rindo.
-PALHAÇO!QUE RAIVA!SAI DA MINHA FRENTE.-Falei o empurrando tirando ele da minha frente.
-Ah, o show é daqui a pouco.
-De tarde?
-É para comemorar um aniversário, o clube só disponibiliza esse horário.
-Aniversário de quem?
-O filho do prefeito, Erick.
-Hum, filho do prefeito?
-Não ouviu o que eu disse?
-Troxa.-Falei e mostrei a linguá. Ele revirou os olhos e depois sorriu.-Some daqui vai.
-O que eu te fiz?-Disse com um tom de indignação.
-Me deixa curiosa e me trata mal.
-É legal te irritar.
-Para de mudar de assunto e me fala logo que papo é esse que você falou de manhã?
-Eu não falei nada, você que esta ouvindo vozes ai.-Disse Robert corando.
-Ai meu deus! Você tem vergonha? Que gracinha, vergonha de falar seus sentimentos.-Falei empolgada.
-Cala boca!-Falou ainda mais corado.-Como fui gostar de uma idiota como você?-Disse enquanto bagunçava meu cabelo.
-Então é verdade?
O celular de Robert tocou e ele saiu de la.Salvo pelo celular, saco.Ele não voltou, então eu resolvi ir para meu quarto, logo seria o show, fui me arrumar.
"Não muito menininha", "não muito senhora", "perfeito".Pensava enquanto colocavam algumas roupas.Depois de pronta, desci as escadas.


-Nossa, que linda você esta.-Falou minha tia, Robert virou para me ver também.
-Que isso tia, claro que não, estou normal.-Disse corada.
-Ela esta certa, você esta linda.-Disse Robert sorrindo.
Modo pimentão ativado, como meu rosto ficou tão quente devo ter ficado bem vermelha e aquela palpitação veio a tona.
-Mais que droga!
-Falei algo errado.-Disse Robert confuso.
-Não, estava falando comigo mesmo.-Falei e dei um sorriso sem graça.
-Você, é estranha.
Ai estava o Robert que eu conhecia, um grande babaca.
-Vamos Esthela!-Falou pegando minha mão e me puxando para irmos para o show.Mãos dadas...eu gostava disso, reprovei esse pensamento rapidamente.
Nos chegamos ao bar, que eu logo notei pela sua fachada, tinha bastante gente no local, percebi pelos trajes que havia gente importante ali.
-Robert?Aqui!-Acenou os amigos de banda de Robert, que logo que os viu soltou minha mão rapidamente e foi ate o encontro deles, eu fui logo atrás.Eles acenaram para mim e eu acenei de volta.
-Faz tempo que não nos vemos Esthela.-Disse Joe.
-Sim, verdade.
-Chega de conversa, esta na hora.-Disse Robert incomodado.

[A imagem não tem nada haver com aparência e sim com a situação envolvida na trama]

Robert imbecil, porque me beijou na frente de todos?Todos olhavam boquiabertos para nós.
-Vocês estão namorando?-Alex disse boquiaberto
-Não!-Eu disse.-Sim.-Robert disse.
-É o que?Como?-Eu disse assustada.
Ele saiu rindo com minha confusão e com o espanto dos outros.
-Ai idiota, eu te mato.-Eu disse baixinho, para mim mesmo.

sábado, 26 de abril de 2014

Incertezas do Coração - Capítulo 14



“Às vezes você espera um céu azul e amanhece tudo nublado”
— Capacitadora

-Sim.-Era muito lindo, o céu incrivelmente estrelado, vaga-lumes voando por toda parte, o parque de manhã já era bonito, mas de noite era mil vezes mais.-Vamos, é do outro lado do rio.
-Certo, Rob.
Ele segurou minha mão e nós passamos pela pequena ponte que cortava o rio.
-Ali, está vendo? Naquela árvore?
-Uma casa na árvore? Isso não é infantil?
-Nossa como você é detestável, idiota, até me arrependi de traze-la aqui.
-Desculpinha, Rob.-Falei cinicamente.
Na árvore tinha uma pequena escada embutida, por onde subimos até a casa da arvore que estava muito bem organizada e arrumada, lá havia um grande telescópio
-Vem, deixa eu ajustar isso aqui rapidinho.-Enquanto ele ajustava o telescópio, eu olhava admirada o sorriso que saia da boca de Robert, ele realmente ficava muito feliz ali.-Você descobriu que eu gosto de cantar, mas não descobriu o que eu verdadeiramente amo, resolvi te mostrar porque você é muito intrometida, logo logo iria me seguir e do jeito que é idiota poderia se meter em problemas e eu como sempre sou sua baba.
-Você é um ridículo, só isso, não sei como alguém como você pode gostar de uma coisa tão delicada.Parece uma mulher.-Falei dando gargalhadas.
-Cale a boca, idiota!-Disse bravo.- Como não gostar disso?
-Você sabe que eu estou brincando né?
-Que seja, idiota.Quer ver ou não?
-Claro que quero.
Foi até o telescópio e olhei pela lente, pode ver aquele céu, estrelas e constelações... tudo muito lindo.
-Essa é a constelação de Órion, é a mais conhecida e mais perspectivel.
-É magnifico.Eu estou encantada.Obrigado, Rob.-Eu disse levemente corada.
-Idiota.-Ele disse dando um leve sorriso de canto de boca.
Aquilo, aquele momento, tudo.Foi o teu jeito idiota de sorrir que ganhou o meu coração.
Mas? Qual será o verdadeiro motivo de Robert me levar aquele local? Um flash back veio em minha mente e lembrei quando Robert invadiu meu quarto...talvez... talvez... ele esteja com o mesmo proposito.
-Esthela? Esthela? Você está pálida, está se sentindo bem?
-Quantas garotas você "ganhou" com esse lugar?
-Como é que é?
-Robert, eu não sou essas meninas! POR FAVOR!-Robert me olhou assustado e depois começou a dar gargalhadas.-Pare de rir, seu ridículo! Estupido! Eu te odeio!PARA DE RIR!
Ele limpou suas lagrimas de tanto rir e falou:
-Seu limite de estupidez realmente foi ao nível máximo!Esthela, você é muito idiota!
E continuou as gargalhadas...
Como pude por um momento pensar em estar "apaixonada" por um idiota desses? Sim, concordava com Robert, eu era uma IDIOTA!
-Já acabou a graça?-Eu disse ríspida.
-Sim.-Suspirou.-Agora acabou. Esthela não preciso nem de lugar e nem de nada para "ganhar" uma garota, não faço esforços para isso, se é que me entende.
-Como você é nojento!-Disse enojada.
-Ahh, Esthela, você é muito idiota, um dia você irá sentir desejo, tesão, libido...
-Cale a boca, por favor!-Disse corada.
-Virgenzinha.-Disse começando novamente suas gargalhadas.
-Nossa!Nossa que raiva!Como eu te odeio! Como você consegui ser tão irritante?



 -Podemos nos beijar sempre que quisermos...-Disse Robert.-Você quer?


-Eu... eu...-As palavras me escaparam e eu já não sabia como agir, com aqueles olhos pretos a me fitar, estava tão perto, que eu sentia sua respiração, seu halito, seu cheiro.Tudo tão intenso, porque o amor é tão intenso?A gente se perde como se dormisse num filme que acabou de começar...
-Tudo bem, Esthela.-Então ele se afastou, senti um alivio mas ao mesmo tempo uma dor no peito.O que era aquela palpitação estranha?
Robert voltou para as estrelas e eu permaneci ali parada, me recuperando.
Meus olhos estavam pesados e minha respiração lenta.Eu estava muito cansada mesmo, meu dia tinha sido cansativo, era natural que eu estivesse sonolenta.
-Robert, não me deixe sozinha.-Consegui balbuciar enquanto caia em sono profundo.
No dia seguinte quando acordei, estava frio, mas Robert estava me aquecendo com o calor de seu corpo envolto no meu.Me senti um pouco constrangida pela "posição" que estávamos.
Me lembrei de ontem, fiquei aliviada por ter adormecido, não saberia o que falar para ele.
Nós tínhamos que ir para casa, então resolvi acorda-lo.
-Rob?-Bastou eu me mover um pouco, para que ele percebesse e logo se levantou.Um pouco constrangido notei pela suas bochechas rosadas, o que fez eu corar imediatamente e de novo aquela palpitação doída.
Ele organizou o local e fomos embora, calados, o caminho inteiro.
Sera que ele tinha ficado bravo? Sera que ele acha que eu adormeci de propósito? Sera que ele espera por alguma resposta?Essas perguntas me rodeavam e atormentava.
Chegando em casa, Robert foi direto para seu quarto, eu fiz o mesmo.Entrei logo no chuveiro, estava precisando de um banho, aquela água quentinha caia sobre meu corpo, me aquecendo, era bom. O tempo tinha mudado repentinamente, estava frio aquele frio suportável mas também notável.
Depois do banho, me deitei na cama, onde senti minhas costas estalar, realmente minha noite não foi nada confortável.
*Batida na porta*
-Pode entrar.
-Esthela, minha querida, te trouxe um chá.
-Obrigada Tia.
-Você...onde passou a noite?-Disse constrangida.-Estava com Robert?
-Ah,sim.-Falei corada, essa não era a melhor hora para ficar corada.-Ele me mostrou o telescópio, acabei adormecendo por lá, nada de mais.-Acabei dando ênfase nas ultimas palavras, o que aliviou o ambiente.
-Me sinto aliviada, não por não querer você e o Robert juntos, ao contrario, almejo isso.-Senti meu rosto quente.-Mas por saber que não estão fazendo nada de errado.
-Garanto que não.
-Fico feliz, vou deixar você descansar.
-Sim, obrigado.-Ela assentiu e se foi.
Em pleno sábado, não tinha nenhum programa diferente, o único que havia era tomar chá e dormir, talvez Robert tivesse algo melhor...ah, era só pensar nele que eu ficava nervosa, mas eu não posso evita-lo.
Tomei o chá em um gole.
-Ai!-Senti queimar por dentro.Me levantei e fui até a porta do quarto de Robert, bati na porta e nada.
-Robert?-Abri a porta.-Robert!-Falei corada.
Ele saia do banho, não estava sem roupa, nem sem toalha, mas estava sem camiseta, aquilo me deixou nervosa e envergonhada.
-Pode entrar.-Disse enquanto pegava uma camiseta para vestir, me olhou e sorriu.Por reflexo já estava de costas para ele.-O que foi, Esthela? O gato comeu sua linguá?.-Minhas mãos tremiam, me sentei na cama, me sentia patética.-Ou sera que nossa garotinha está crescendo.-Falou maliciosamente.
-Nossa que raiva! Qualquer coisa, que eu tive, sei lá, já acabou, imbecil.
-Então seja melhor que eu fique sem camisa, não acha?-Falou sorrindo e se sentando ao meu lado.
-Vista-se.-Falei aborrecida, ele obedeceu dando leves risadinhas.
-O que você quer ou pretende fazer no meu quarto?
-Nada, idiota, imbecil, foi um erro vir aqui.-Falei me levantando fervorosamente, ele me segurou pelo pulso.
-Pode dizer.
-Tédio.-Falei enquanto ele me puxava para me sentar novamente.
-Senta ai, irei te fazer companhia.
-Quem disse que quero sua companhia?-Ele me ignorou e pegou seu violão, um bloco de anotações e uma caneta e começou fazer melodias e canções.Fiquei ali, observando-o:

É esta solidão que vem de ti
Que dói e faz mal se você não está aqui
Não é fácil respirar e não sentir
Que o mundo é um castigo
Se já não estou contigo
Que me mata estar assim ♫♪

Há memórias que voltam como lágrimas
Junto ao medo de voltar a me apaixonar
Minha voz tinha sido perdida
Até mesmo o sentido de falar
Basta ouvir, basta ver
O amor volta a começar ♫♪

*Toque de celular*
Pego meu celular e vejo:

Esthela, pode me encontrar no Coffee às 17:30hrs?

Sim, Tyler.

O.K, estou ansioso.

Robert permaneceu ali, imóvel, concentrado, nem notou as trocas de mensagem e talvez nem minha saída.
Na hora marcada já estava com meu cappuccino na mão, meu ponto fraco, café ♥
-Oi, Esthela, pontual ou eu que cheguei atrasado?
-Não, eu amo café.-Falei levantando a caneca.
Ele sorriu e me cumprimentou com um selinho.Me assustei e Tyler percebeu minha reação.
-Desculpa Esthela, eu...
-Não, por favor.
-Esthela?
-Sim?
-Você não me ama, né?-Falou com alguma certeza na voz.
Aquela situação, aquela pergunta,tudo estava embaraçoso, procurei respostas em minha mente, mas nada vinha, então balbuciei baixinho:
-Não sei.-Ele me olhou desanimado.
-Entendo.-E segurou uma das minhas mãos que estava sobre a mesa.-É compreensível, eu te deixei.sem respostas e as coisas mudam, nem sempre ficam intactas, mas eu senti uma dor, acho que não tem dor pior do que aquela que te aperta o coração e você não sabe o porquê.Mas dá saudade, veio a resposta, uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás, eu estava apaixonado por você.-Porque isso não foi dito antes? Antes de eu me perder nos meus próprios sentimentos? Antes quando eu tinha certezas do que sentia, mas não...agora, agora foram ditas, hoje que só me resta incertezas.-O que tanto pensas Esthela?.-E me olhou fixamente, como se procurasse respostas nos meus olhos, já havia ali escondido no canto de sua boca um pequeno e meigo sorriso.
-Em tudo.Porque sera que terminou assim?
-Não terminou, não quero que termine assim, por isso estou disposto.
-Disposto? Disposto há que?
-Te conquistar novamente.-E deu um largo sorriso, percebi naquele momento que ele ainda segurava minha mão, involuntariamente, dei um sorriso.
Não custava tentar, nos decepcionamos, mas a vida sempre nos da uma nova chance de recomeçar, em algum ponto de tudo aquilo, lá no fundo, perdido, soterrado, talvez houvesse um coração que batesse forte e acreditasse naquele amor.Mas, algo bloqueava.O que poderia ser?

domingo, 30 de março de 2014

Um pecado a nascer- Capitulo 13




{...} E sem querer.. eu te queria...'

Estava ele, ali parado com aquele sorriso que me fez apaixonar na primeira vez que eu o vi.
-Oi Esthela!- Foi como se tudo ao nosso redor rodasse e só existisse nós dois naquele momento, eu me perdi com tantos pensamentos confusos e lembranças embaraçosas, acho que meu coração até doía com aquelas recordações.
-Esthela? Você está bem? Esthela?
-Eu... eu... sim.- Consegui gaguejar.
-Acho que você está um pouco surpresa, é que aconteceram algumas coisas...
-Ah.- Foi o que eu apenas disse.
-Bem, acho que você não gostou de me ver.- Disse ele sem graça.
-Não.- Fechei meus olhos, suspirei e tentei me acalmar.-É muito confuso, todo o que aconteceu, nós afastamos... e de repente você surge na minha frente? Você me entende? Da pra entender?
Ele me abraçou como se pedisse desculpas. Seu cheiro me inundou, seu toque me arrepiou.
-Desculpa... por tudo. Não sabia que era tão importante, não só para você, para mim também... mas eu não percebi.
-Vai ficar tudo bem.- Eu ainda o abraçava até que voltei para a "Terra".- Ah, eu tenho que ir agora, e nós... é que... não sei... talvez... quando nos veremos...- Falava e gesticulava com as mãos, parecia uma idiota, eu me enrolei tanto que não sabia nem meu nome mas. Ele sorriu e disse:
-Eu te procuro, estou morando com meu pai e meu irmão.- Me abraçou novamente me parecia muito feliz, isso me fez ficar completamente extasiada.-Não fuja de mim.- Ele me deu um beijo na testa e foi embora, eu segui com os olhos até ele se perder na multidão.
Eu estava extremamente feliz, andava sorrindo, sabe quando a gente tenta fechar a boca mas aquele sorriso não deixa? Encontrei os rapazes e foi até eles.
-Olá rapazes!
-Olá.- Disseram em resposta. Cada um estava com uma garota, Robert estava sendo "cercado" por duas garotas muito bonitas, ele não estava muito interessado, estava com a cara fechada e o que saia da sua boca era "uhun", "hum". Quando me viu me puxou de canto:
-Onde você estava?
-Por aí, já que vocês me abandonaram para ficar com suas "fãs".- Desconversei.
-Legal não é mesmo? Cercado de mulheres.- Disse sorrindo provocativo.
-Sim.- Disse desinteressada.
-Me dê atenção e pare de dar esse sorrisinho idiota, vamos diga logo o que aconteceu!- Seu tom de voz estava levemente alterado.
-Saiba que eu não devo satisfações, mas... eu estava com um amigo. Algum problema?
-Amigo? E você não é a senhora Solitária?
-Era idiota, mas ele era um amigo da minha antiga cidade, ele se mudou para cá.
-E você quer que eu acredite que esse sorrisinho é apenas um amigo?
-Acredite no que quiser.
Ele saiu da lá irritado. Realmente não entendia essa reação.
Depois de algum tempo resolvemos ir embora, mais para minha tristeza, estavam todos agarrados com alguma menina, até mesmo Robert estava todo maroto abraçado com duas garotas.
Lá estava eu completamente de vela, estávamos dentro do ônibus, os casais foram para o fundo do "busão" e eu sentei nas cadeiras mais em frente. Eu estava quase chorando, os casais se pegando lá trás e eu na frente sem fazer merda nenhuma e o pior de tudo meu celular tinha descarregado, não tinha nem como me distrair.
- Esthela? Acorde! Chegamos.- Disse Robert.
-An? Onde estamos?
-Vamos temos que descer do ônibus.- Eu ainda estava sonolenta e não entendi o que realmente acontecia, ele deu risada e me pegou no colo. Quando descemos do ônibus ele me colocou no chão enquanto ria.
-Você estava babando!
-Eu nada!
-Estava sim e roncando também.
-Para de mentir, idiota, eu não ronco!
-Ronca sim, até me assustei.- Disse entre gargalhadas.
Entrei zangada no meu quarto e bati a porta com força.
Eu estava colocando a roupa de dormir quando Robert entra de supetão.
-Eeeei! Bata na porta antes, idiota! Quase me vê com roupas intimas!- Eu estava furiosa.
-Eu iria gostar.- Disse ele entre gargalhadas enquanto eu dava socos nele, até que ele segura meu punho.- Você é engraçada, não parece nada com a Esthela de antes... você está diferente.
-Como assim?
-Você só tratava bem quem você queria do seu lado... quem você não queria por perto... simplesmente... esmagava.
-Eu não sou assim.-Fiquei perplexa com o que ele acabará de dizer.
-Mas você era. Enfim vou ir dormir, boa noite.
Naquela noite não conseguia dormir, me sentia muito mal... não sabia nem explicar o que sentia, quando adormecia os sonhos me atormentava. Sonhava que todos me abandonavam, é a rejeição para mim era a pior coisa possível, eu queria chorar, meus olhos ardia mas não saia uma só lagrima, eu queria gritar mas minha voz não saia era como se tivesse um buraco na minha garganta onde não existisse mas nada, eu queria acordar mas parecia um daqueles sonhos intermináveis... até que alguém me acordou.
-Esthela? Você está bem?
Eu estava chorando muito não conseguia dizer uma só palavra então simplesmente o abracei. Ele ficou ali comigo até eu adormecer novamente.
Acordei cedo, tomei banho e desci para tomar café.
-Bom dia!
-Bom dia tia.
-Fiquei sabendo que ontem uma banda se apresentou na festa?
-Ah sim.-Olhei para Robert que me olhou e discretamente pediu segredo.- Eles são bons mas um pouco convencidos.-Robert sorriu-Mas porque a pergunta?
-Nada, eu vi comentários na rede social desse grupo de jovens que fez o show.
-Você conhece eles?-Robert disse.
-Não, nem sei quem são na verdade.
Eu e Robert suspiramos aliviados.
-Mãe o papai sabe que você anda visitando estes sites?- Disse Robert sarcasticamente.
-Não tem nada de mais os sites que eu visito, já os seus, meu deus arrume uma namorada.
Eu não contive minhas gargalhadas e Robert estava completamente vermelho.
-Do que está rindo? Você também não tem um namorado!
-Mais também não preciso visitar um site desse tipo.-Eu disse provocativa.
-Quem sabe a solução dos seus problemas esteja em um e outro, os dois são solteiros, daria um belo casal.
Obrigado tia, agora eu e Robert não conseguimos nem olhar para cara um do outro.
-Eu tenho que terminar de me arrumar.
Era realmente constrangedor pensar em Robert como "namorado", realmente eu sabia que ele não nutria mais nenhum sentimento em relação a mim além de atração é claro, já que isso ele já demostrou, se não nem ao menos me beijaria certo? À caminho da escola perguntei:
-Porque você esconde?
-Escondo?Não escondo nada, minha mãe só estava brincando!-Disse como se tivesse assustado.
-Não foi o que eu quis dizer.-Disse corada.-Sua banda.
Ele ficou envergonhado com sua confusão.
-Ah, sim, já tentei na verdade, comentei sobre meu interesse mais meus pais discordaram na hora e que era para mim esquecer isso e me focar em alguma coisa produtiva, tentei argumentar mas não consegui muita coisa só consegui descobrir que esse tipo de profissão não é bem aceita pela nossa familia.
-Mais que careta, realmente isso é produtivo para você, eu apoio você.
Ele sorriu um pouco envergonhado e falou:
-Mais precisamos ser menos convencidos?
-Com toda certeza.
-...-Era notável que Robert tinha mudado, antes ele era ignorante, quase inacessível agora não mais e aquilo me deixava feliz.



Ficamos parados apenas nós encarando, até que avisto Tyler na entrada do colégio, onde Tyler estava a minha espera e quando me viu abriu um largo sorriso e veio em minha direção:
-Oi Esthela! Estava te esperando.
-Oi Tyler, deixa eu te apresentar, esse é o meu primo Robert, Robert este é meu amigo Tyler.
Tyler estendeu a mão mas Robert recusou deixando-o no vácuo.
-Não precisa de apresentações, já estou saindo.-Disse Robert ríspido enquanto saia de perto.
-Desculpe, meu primo não é muito educado.
-Tudo bem. Eu queria te ver, conversar com você.
-Ah sim. Estou adiantada hoje, então podemos  conversar antes do sinal tocar.
-Que bom.-Ele pegou em minha mão.-Eu precisava de um tempo para pensar, em tudo que você tinha me falado, eu não queria te perder, perder minha amiga, quando eu estava com você eu me sentia feliz.Mas a Karen não entendeu isso, então nós tivemos varias discussões o que acabou com o que restava do nosso namoro, então resolve vir morar com meu pai, e por coincidência do destino você estava morando aqui, isso tudo é destino? Não é mesmo?-Ele disse dando uma risada gostosa.
Eu estava frustada, realmente tinha pensado que ele estaria ali por mim, porque se arrependeu de tudo e sentia algo por mim, mais não...
-Sim, destino.-Eu disse forçando um sorriso.O sinal tocou.-Tenho que ir, nós vemos.
Ele sorriu e eu corri para entrar no colégio.As aulas passaram bem rápidas, quase imperceptíveis.
No caminho para casa Robert ficou calado quase o caminho inteiro, eu me via com uma necessitada de falar com ele, então resolvi agradece-lo:
-Eu não agradeci por ontem a noite, então, obrigado.
-Não seja idiota.
-An?
-Eu consolaria qualquer garota no seu lugar, entrar no quarto de uma garota no meio da noite e ainda ficar agarradinho com ela? è uma coisa que não podemos desperdiçar.
-Argh! você é tão irritante, fazendo eu me sentir uma idiota mesmo, eu o odeio por isso.
-Não, não me odeia.





Realmente não odiava, odiava imaginar ele com uma outra pessoa, isso não era um problema afinal? Eu pensar nisso?

{...}
No meu trabalho.
-Esthela, reorganize aquelas prateleiras com os novos cd's.
-O senhor anda muito distraído ultimamente.
-An? Por que diz isso?
-Eu já reorganizei aquelas prateleiras.Onde está sua cabeça?-Falei enquanto bagunçava seu cabelo com uma das mãos.
-Oh!O que será de mim sem você?
-An? Como assim chefinho?
-Imagino que tenha pensado em fazer alguma faculdade depois de terminar a escola.
-Na verdade, não penso sobre o assunto, minha vida anda tão submersa na vida pessoal que nem sei se devo seguir alguma carreira.
-Você é nova, logo descobrirá seu caminho.
-É talvez.
Meu celular vibra.

Me espera quando sair do trabalho, te mostrarei um lugar.

Isso sua como uma surpresa Rob?

Pode ser, idiota.

Fiquei o dia inteiro ansiosa para ir a esse suposto lugar.
-E então pra onde vamos?-Disse animada.
-Chegamos.
Olhei para um lado, olhei para o outro.
-Aqui? Em frente do muro do parque?
-Não, dentro do parque.
-Mas está fechado.
-Por isso que vamos pular o muro.
-Eu não irei fazer isso, literalmente não!
-Sim Esthela! Nós iremos.Ande Esthela, suba eu irei de ajudar.
-Não!-Choraminguei-Da ultima vez acabei sendo perseguida por um guarda e um cachorro.
-Porque você é uma idiota, mas comigo aqui nada de errado ira acontecer.
-Tudo bem.
Me apoie em uma das mãos de Robert e subi.
-Meu deus é tão alto! E agora? Robert? Meu deus! Eu vou morrer!-Falei quando meu corpo começou a se inclinar para o outro lado.Robert pulou o muro rapidamente.
-Te peguei!
-Rob...
-Acho que não poderei me segurar.
-Porque?
-Porque você está sexy, usando está calcinha.
-O QUE?-Dei um bofetão na cara dele enquanto ele gargalhava.-SEU MALDITO PERVERTIDO!
-Você é tão idiota.
-Robert!Isso é tão lindo! Era isso que você queria me mostrar?

quinta-feira, 6 de março de 2014

Remember - Capitulo 12




{...} Eu preciso de alguém. Agora, que não me abandone nesse momento..."


-Vai começa a falar! Que história é essa de Júlio?
-Você realmente não lembra de mim, do seu melhor amigo Júlio César ?
-O que? Você..você
"Sim era ele, quando eu era mais nova e ainda morava com a minha mãe biológica eu morava aqui nesta cidade, sempre tive um amigo em especial Júlio, ele sempre me consolava quando eu chorava e ficava triste pelas brigas da minha mãe com seus "namorados", ele me fizera uma promessa de estar sempre comigo, para me proteger, mas como minha mãe me abandonou tive que me mudar e me afastar dele ... mas nunca soube que aquele César grudento e chato era ele, meu protetor."
-Não pode ser, porque você não me falou quem era ?
-Sabe o que é lembrar sempre daquela pessoa, fazer de tudo para se reencontrar novamente, esperar uma vida toda para isso para quando chegar na hora e ela não se lembrar de você? Você me destruiu Esthela, não uma e nem duas mas várias e varias vezes.
-Não sei o que te falar César, realmente não sei.
Ficamos em silêncio, pois aquela revelação tinha chocados a todos.
-Vamos embora Esthela!-Me puxou Robert.
-An ?
-Esthela podemos conversar mais tarde ?- César.
Robert me solta e vira de costas para mim.
-Não, eu não quero te ver, nem conversar contigo!
Segurei na mão de Robert e fomos embora.
-É dele que você ainda gosta?
-Não!
-Então porque todo esse drama?
-Vou te contar.
No caminho contei tudo que tinha passado ao lado de César.
-Ele é algum maniaco por acaso?- Robert ria enquanto falava.
-Para de gracinhas, isso é sério, me ajude! O que eu faço agora?
-Não sei, esqueça esse idiota! Até agora você estava muito bem sem ele!
-Mas ele cumpriu uma promessa que fez a mim, viveu por mim, ele me ama!
-Não, ele só acha que te ama.
-Eu sei que é verdade o que ele sente por mim, e eu deveria corresponde-lo pois pelo menos ele sente algo por mim.
-Eu...
-Você o que Rob ?
-Eu...eu acho que você está exagerando.
-Não estou, até minha mãe não sente nada por mim.
-Aff, vai começar...
-Tudo bem, se eu estou te incomodando não falo mais nada.
-Melhor assim!
-Ah ! Como você é chato só por isso vou começar a falar, falar e falar!
Ele me agarrou pela cintura.
-Ai vou ser obrigado à te beijar.
-E eu vou ser obrigada a te bater!- Empurrei ele, que começou a rir.
Quando chegamos eu fui direto para meu quarto..fiquei pensando em tudo que aconteceu comigo nesse dia.
No final do dia vou me deitar super cedo pois afinal estava exausta. Mas naquela noite ouço novamente barulhos mais dessa vez estava disposta a seguir Robert.O segui por varias ruas sem ser percebida... acabamos em um beco escuro onde se abriu uma porta e ele entrou.
"Ai caramba, como vou entrar sem ser vista?"-pensei.
Resolvi entrar assim mesmo, o medo estava em cada passo que eu dava para a entrada.. entrei e me deparei com a seguinte cena :
{Robert,Alex,Joe e Ryan...gente era pra ser uma banda mais eu não achei a imagem ¬¬}



-Só pode ser brincadeira!
-Esthela xereta.
-Eu preocupada contigo, pensando as piores coisas possíveis de um garoto que sai em plena madrugada escondido...e...você toca...em uma banda...você toca em uma banda!!!
-Ninguém mandou vim xeretar, o que mais eu faria? Por favor, não confia em mim Esthela?
-Confio...na verdade não!
-Oi princesinha!-disse um rapaz alto, magro e que usava óculos, um dos amigos de Robert.
"Princesinha?Caramba que idiota chama uma garota assim? Só pode ser um babacão!"-pensei.
-Oi princeso.
Ele e os outros rapazes riram.
-Seu primo não nós apresentou ainda, ele é meio mal educado.
-To sabendo.
-Eu me chamo Alex, esse é Joe ( apontou para o mais baixo e de cabelo claro) e o outro é Ryan ( o de chapéu).
-Ah, prazer Esthe..-mal terminei de falar Joe me puxou para me abraçar.
-Isso eu já sei, já te vi, trabalha na loja do Ruan.
-Isso mesmo , eu me lembro de você.
Ryan puxou minha mão com delicadeza e beijou.
-Muito prazer.-falou olhando profundamente em meus olhos, isso me deixou fascinada.
-O prazer é todo, todo meu!-Falei quase babando, realmente eu tinha uma quedinha por homens galantes e misteriosos e o Ryan me pareceu ser exatamente assim.
-Vamos deixar de babaquice e tocar.-disse Robert em tom de ciumes.
-Pra que esse tom de voz Robert ?-falou Joe percebendo o ciumes.
-Vá a merda Joe.-falou Robert ríspido.
Fiquei la observando, eles realmente eram bons, Robert tocava guitarra, Alex bateria, Joe cantava e Ryan tocava violino, era incrível como o violino se adequava para o rock porque violino é para musica clássica e mesmo no rock ficava bom ou melhor dizer ficava incrível.Até que eu resolvi prestar atenção na letra da música e para minha surpresa, as coisas que "alguém" sussurrava em meu ouvido estava ali, presente na letra.A música falava de solidão e como esperou por aquele "alguém", que as noites sussurravam seu nome mais que a amada estava fora de seu alcance e então o vento batia em seu quarto e sussurrava o quanto a amava.
Eu estava chocada e ao mesmo tempo apavorada."Então é Joe? Mais não era essa voz que eu ouvia!Isso é assustador saber que alguém realmente entra em seu quarto anoite e fica sussurrando juras de amor! Isso não é normal!Não era um sonho afinal..."
-Esthela!-Robert me acorda daqueles pensamentos.-Você está bem? Já acabamos por hoje, vamos embora.
-Ah, sim, sim.
Andamos até um ponto de ônibus, pois Robert disse que estava cansado para ir a pé, não era longe mais a preguiça dele realmente estava gigantesca, eu fiquei realmente desapontada pois o motivo real era porque os amigos dele também pegaria aquele ônibus que dava voltas e mais voltas naquela cidade ¬¬ ... eu fiquei a viagem toda calada enquanto ele e os amigos riam e conversavam alegremente.Quando os amigos deles finalmente desceram e nosso ponto se aproximava, comentei:
-Quem escreve as letras?
-Na maioria Ryan.-"OMG! É até que é possível que seja o Ryan...isso é meio misterioso..."-pensei.-Porque?
-Por nada.
{...}
Já em meu quarto, estava deitada quando Robert entrou.
-Bater na porta que é bom nada né?
-Estou na minha casa.
-Minha vontade é te dar uns tapas sabia?
-Ah é? O que mais você tem vontade de fazer comigo?-disse ele malicioso.
-Só isso.-falei enquanto ele deitava ao meu lado.
Eu estava muito cansada para brigar e expulsa-lo.
-Pensei que fosse me expulsar.-falou me abraçando e se movimentando para ficar em cima de mim.
-Opa! Perai meu bem.
-Ah, Esthela... não corta o clima.
-Que papo é esse de clima?- Falei me sentando na cama.
-Sério? Você me deixa entrar no seu quarto, deitar na sua cama, então...
"Ah danadinho, agora entendi"-pensei.
-Pode tirar seu cavalinho da chuva. Eu sei que sou irresistível.-falei rindo.
-Não força!
-Vaza, tchauzinho do meu quartinho.





Na manhã seguinte para escola, ao trabalho..
-Vai pra festa lá na cidade?
-Estou cansada.
-Nós vamos cantar.
-Vou sim.
-Idiota.-falou rindo.
-Afinal porque escondido?
-Sei lá, nossa família tem algum problema com relação à isso.
-Caraca, nossa família super "careta".
-Demais.


{...}
Já se encontrava uma multidão na praça da cidade, realmente acho que todas as pessoas saiu de suas casas e veio para cá, lá no meio da praça se encontrava um palco bem iluminado, ao redor da praça algumas barracas, bebidas, comidas, doces ... variadas coisas... realmente festa de cidade pequena é bem mais aconchegante, bem organizada.Foi para perto do palco para encontrar os rapazes, eu tinha necessitada de estar com eles pois não conhecia ninguém naquela cidade e as moças que lá se encontravam não me via como boa pessoa, muitos me olhavam e diziam:
"-É filha de quem também.". Isso me incomodava por isso o melhor era se afastar.
-Eai rapazes!
-Oi-disseram em coro.
-Nervosos?
-Um pouco.-Alex.
-Nunca!-Joe disse mega animado.
Os outros permaneceram calados, mas estava na cara que estavam.
-Rapazes 5 minutos.-produtor do evento.
-Ok! Vamos lá rapazes.-Robert disse os animando.
-Boa sorte.
Eles subiram uma pequena escada, Robert parou...



-Esthela...
-Oi?
Ele chegou bem perto de mim, sorriu e depois me beijou.
-Sabia que não iria resistir!-Falou gargalhando.
-Como você é idiota, af!
Sai de lá nervosa e foi para frente do palco.
Eles começaram a tocar...

" Longe de você eu enlouqueço muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai, e eu
Conto as horas para estar com você

Longe de você eu preciso de algo mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você

Que mundo é esse que ninguém entende um sonho?
Que mundo é esse que ninguém sabe mais amar?
Pra tanta coisa que faz mal eu me disponho
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir

Não quero desperdiçar a chance de ter encontrado você
Hoje o que eu mais quero é fazer você feliz
Vejo as pessoas e sei que juntos nós podemos muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você ♪♫

Para minha surpresa Robert quem cantou a música...






As meninas deliravam, gritavam, gritavam seu nome. Ao final do show não pude nem chegar perto pois as "fãs" não me deixavam...e eles riam, abraçavam e até beijavam.
-Rob tira uma foto comigo?
-Mas é claro!
-Obrigado gatinho.
"-Rob? Rob? Meu apelido, meu Rob! Vadia desgraçada!"-gritava em pensamento.
A festa continuava maravilhosa para os outros menos para mim ¬¬ ... abandonada, deixada de lado por todos </3
-Esthela?
-Eu! Alguém lembro de mim nessa cidade, amém.-Me virei para olhar.-Tyler?

sábado, 31 de agosto de 2013

Lembranças - Capitulo 10




Porque me deu agora de repente uma vontade danada de abraçar você, mas de corpo presente e ficar junto, sem assunto, deixando a vida passar.'

- Mário de Andrade.



-Por favor, me entenda... entenda meu coração, que tanto bates e choras por ti...

Acordei assustada, olhei no relógio era 02:30 da madrugada e ouvi barulhos, pelo que me parecia era de fora da casa.Me levantei e olhei pela janela, para minha surpresa era Robert e seus amigos...ficaram um tempo conversando e depois saíram no meio da noite.
"Fiquei preocupada... onde Robert iria a esta hora?O que fazer? Mais porque tanta preocupação ele só foi se divertir com os amigos..."
Voltei para minha cama.
"E essa voz que escuto toda noite? Será um sonho? "
Voltei a dormir afinal...na manhã seguinte sou acordada por Robert.
-Ei acorde hoje vamos a escola.
-AAAAAAAHHH ! Saia, saia, saia agora!
-Mas porque ?
-Porque eu estou com roupas inadequadas.
-Ah é? Então deixa eu ver.
-Ver?
Ele tirou o cobertor de cima de mim para me ver, declarado uma guerra...
-SEU IDIOTA! O QUE ACHA QUE ESTÁ FAZENDO?- gritava enquanto puxava o cobertor para me cobrir.
-Só quero ver se está mesmo com roupas inadequadas.
-SEU PERVERTIDO! VÁ VER AS ROUPAS DE SUA NAMORADA.
Ele parou de puxar a coberta.
-Você é muito bobona sabia? Acha que nenhum rapaz irá te olhar?
Antes de responder ele foi se aproximando enquanto falava.
-Acha mesmo que nenhum rapaz vai te olhar com desejo, ou até imaginar "coisas" ao seu lado?
Ele já estava em cima do meu corpo.
-Rob...- ele estava proximo de mais e meu coração estava alucinado... fechei meus olhos para o suposto beijo que não veio. Quando abro meus olhos vejo Robert sorrindo.
-Achou mesmo que eu iria te beijar?- agora seu sorriso virou em uma gargalhada.
-Mas é um palhaço mesmo! Sai do meu quarto!-disse extremamente irritada.
"Ai aquele idiota, ele está brincando comigo? Idiota, idiota!".
Me troquei e fui até o quarto de Robert já que ele estava lá.Ele estava sentado em sua cama.
-Vem em busca do seu beijo?
-Não idiota. Só quero falar contigo.
-Fale.-me agarrou pela cintura como um abraço.
"Eu queria perguntar o que ele fez anoite, mas isso eu iria descobrir..."
-Só... não se meta em coisas erradas.
-Preocupada comigo de novo, Esthela?
-Você vai seguir meu conselho?
-Talvez...
-Porque talvez?
-Se você me prometer que irá tentar se apaixonar por mim eu andarei na linha.
-O que?-eu disse espantada.-Como assim eu me apaixonar por você?
-É, isso mesmo... se você pensou em me beijar, eu tenho chances né? De você se apaixonar por mim.
-Você está louco só pode!
-Estou completamente lucido, vamos de-me a resposta?
-Pare de brincar comigo.
e sai de lá irritada [...]
A caminho da escola acabei relembrando da minha antiga escola, das amizades, das brigas e dos romances...
-Do que você da rindo?
-Ah, da minha antiga escola, de tudo que tinha lá... as amizades, brigas...
-Suas?
-Ah, na escola não- eu disse rindo, ele sorriu também-também dos romances.
-Dos seus? Você gostou de alguém de lá?
Quando ele falou aquilo me fez lembrar, do meu doloroso "amor não correspondido".
-Não.-eu disse baixo.
-Eu sei que sim.
-Pare de me encher.-Dei alguns passos mas Robert me segurou pelo braço.
-Pelo que vejo ainda gosta...
-Para!
-Quem é ele Esthela?
-Pra que você quer saber?
-Porque sim, vamos me diga.
 -Tyler, mas não quero mas falar dele por favor.
-Você ama ele?
-Não sei, a vamos para de falar dele, isso me perturba!
Para minha surpresa Robert me puxa e me beija.


Pov Keley

Estava eu e as outras meninas na entrada da escola.Quando Yno me fala:
-Viu quem está aqui?
-Quem?
-Tyler.
-Tyler? Mas o que ele faz aqui?
-Não sei.
-Vou lá falar com ele.
-Cuidado com a namorada dele.
-Não tenho medo dessa menina não!
Fui até ele.
-Oi Tyler.
-Oi, Keley.
-O que faz aqui, veio ver sua namorada?
-Não ficou sabendo?
-Sabendo? Do que?
-Eu terminei com ela.
-O que? Porque?
-Eu e ela sempre tivemos um namoro sem segredos, então contei a ela sobre os sentimentos de Esthela para comigo, e disse que não me afastaria de Esthela pois adorava sua amizade, mas ela não me compreendeu disse que eu não me separava da Esthela porque eu estava gostando dela, foram muitas brigas por causa disso então nós terminamos.
-Então porque você veio a escola?
-Vim ver a Esthela.
-Esthela? haaaaam...então você sente algo por ela?
-Não sei, só sei que gosto de estar perto dela, ela me faz bem.
-Oh meu deus, Esthela vai ficar tão feliz por isso, hahaha, já to até ima...peraí...Esthela foi embora!
-Embora? Pra onde?
-Para uma pequena cidade aqui perto, o nome da cidade é Wetherby.
-Wetherby?
-Sim.
-É pra lá que eu estou me mudando.
-Que?
-Meu pai e meu irmão moram lá, conseguiram um trabalho pra mim, mas não quis ir por causa da Karen e por meus amigos, mas agora eu estou indo pra lá. Bom saber que eu vou ter minha amiga de volta.-disse ele sorrindo.
-Sim, é uma ótima noticia! Com certeza Esthela vai gostar!
-Assim espero, nossa amizade ficou muito abalada com tudo aquilo.
-É sim.
-Mas então eu já vou indo, tchau, fui muito bom te ver.
-Ah igualmente, tchau.
"Meu deus, será que vem um novo casal a vista... Esthela e Tyler?"


Pov Esthela


Um beijo doce e meigo e ao mesmo tempo sufocado, como se tivesse preso a muito tempo e que agora pode se libertar... esse foi o beijo do Robert, o beijo que sem querer ou talvez propositalmente atingiu meu coração...
-Rob?
-Vamos indo.-disse ele sorridente.
Fiquei um pouco atordoada com o que acabará de acontecer realmente não sabia o que o Robert queria comigo... Mas talvez eu já estivesse mais envolvida do que eu podia imaginar [...]

Eu fiquei completamente sozinha na escola, ninguém se dirigia a mim, naquele momento o que eu mais queria era ir embora daquele lugar!
Na hora de ir embora Robert veio até mim.
-Eai como foi seu dia?
-Você sabe como foi meu dia, totalmente excluída, você nem para me fazer companhia sabe que está sendo difícil para mim.
Ele riu, como se tivesse debochando de mim.
-Você é cruel Robert.
Com raiva vou na frente, e com isso esbaro em alguém.





-Ah...me descul...César é você?
-Esthela.
-O que faz aqui ?
-Eu..eu..
-Fala logo! O que faz aqui?!
-Eu vim por você.
-Por mim?
-Pela promessa.
-Mas do que você ta falando.
-Júlio, é você?- Robert disse.
-Júlio? Como assim me explica agora!