-PORQUE NÃO ME ESPEROU?-Disse Robert bravo.
-EU TRABALHO, BABACA, PORQUE ESTA BRAVO?
-PORQUE VOCÊ É UMA IDIOTA!-E me abraçou suspirando.-Se acontecer alguma coisa contigo, eu morro Esthela, sua grande idiota.
-Meu deus pare de me insultar.-Falei enquanto dava um selinho nele.
Fomos juntos ao meu trabalho.
-Olá Ruan.
-Robert!Esthela?Hm.
-Sim, depois dela muito insistir resolvi dar uma chance à ela.
-QUE?-Eu disse o socando de leve.
-Sei, sei.-Disse meu chefe.-Ah Esthela suas tarefas estão em cima do balcão.-E foi ate Robert que estava olhando para algumas prateleiras.
Eu fui ate o balcão e la estava minhas tarefas, junto delas um buque.Um buque? Olhei o cartão:
"Me desculpe Esthela, mas não consigo ficar afastado de você, é torturante, mesmo você não sendo minha.
Tudo bem pra mim, eu te amo.Ass.Tyler."
Eu estava perplexa, pousei minha mão sobre o buque, e pude sentir as pétalas macias, e então sorri involuntariamente.
-Tchau Esthela.-Robert gritou antes de sair.
Eu sentia falta da nossa amizade, ele me fazia bem.
-O que houve?
-Você viu isso?
-Sim, li também.Mas é normal não corresponder da mesma maneira ou...você sente?
-Mas que diabos esta falando? Claro que não, é só que...só que...é complicado.
-Me explique então, guardar pra si mesmo não vai ajudar.
-Ele foi importante na minha vida também, não quero ser egoísta, mas eu não queria me afastar dele também, mas sei que é pedir muito. Então tudo bem, porque eu amo o Robert, não tenho duvidas.
-Não se afaste, ele entenderá, o importante e que vocês se amam não deixe que ninguém estrague isso.-Eu apenas sorri.
Quando eu estava me preparando para ir Ruan me ofereceu carona.Quando chegamos em frente da minha casa agradeci.
-Obrigado, por tudo.
-Que isso, Tchau.
Eu acenei enquanto ele arrancava com o carro indo embora.Falei entrando:
-Cheguei.
-Bem vinda.-Gritou minha tia de algum comodo.
Fui para meu quarto, tomei um banho e depois de colocar a roupa, resolvi pegar um livro pra ler deitada na minha cama.
Algum tempo depois Robert entra no meu quarto.
-O que você esta fazendo.
-Lendo, você não esta vendo?
-Lendo o que?-Falou ele se deitando ao meu lado.
-"Amar é transformar a risada de alguém em melodia e dançar gargalhando à luz do luar."
-Poemas?-Disse arqueando sua sobrancelha.-Você gosta de ler?E esse é seu diário?-Disse apontando para meu caderninho.
-Sim, gosto, poemas, poesias, livros de romance, mistério, essas coisas toda, e esse "diário", são trechos de livros ou poemas que eu mais gosto.
-Legal, não sabia que você curtia essas coisas.
-Porque eu não pareço ser intelectual?-Eu disse ironicamente.
-Nem um pouco.Essas coisas não fazem meu tipo, tão sem graça.
-Me admira isso já que você escreve musicas.
-Musicas é bem diferente.
-Mas precisam ser escritas, são sentidas, tem que ter um letra bonita.
-Pode até ser, mais ler? Não, escrevo uma ou outra, faço mais melodias, as letras são com Ryan.
-Entendo, ah você não compreende a arte da leitura.-Disse sarcástica.
-Prefiro a arte corporal.-Falou maliciosamente, ficando por cima de mim.-Você também gosta, Esthela?
-Não, não gosto.-Falei corada, enquanto Robert beijava meu pescoço, e percorria meu corpo com as mãos.-Você é tão pervertido.
Então ele me deu um selinho sorrindo e que depois se tornou um beijo quente, depois seus beijos desceu para meu pescoço e seios deixando algumas marcas roxas.Aquelas emoções intensas me deixavam assustada e fora de si, aquela palpitação desregular, mãos suando.
-Rob...-Eu disse ofegante e ele resmungou algo em resposta entre beijos.-Para, por favor.-Ele passou a mão por debaixo da minha blusa.-PARA!-Gritei, Robert me olhou assustado e depois deu uma gargalhada.
-Como você é medrosa Esthela.
-Você é um babaca, sai do meu quarto!
Robert sorriu e me abraçou pela cintura.
-Quando você vai entender que nunca mais vou te deixar? Que eu nunca vou embora.
-Já entendi, você nunca vai me deixar em paz, mas sabe... não importa o que aconteça, eu só quero que no final você esteja ao meu lado.
-Eu sei você me acha sexy e me ama.
-O que?-Eu disse rindo.-Não força.-E riamos entre beijos e caricias.
Já havia passado uma semana, uma turbulenta semana, muitas fãs de Robert me perseguindo afinal ele não podia estar comigo 24h, só pararam quando Erick Thompson aquele riquinho mimado fez algo útil para a humanidade, pediu para a diretoria dar um comunicado geral na escola para as fãs me deixassem em paz se não seria tomadas providências mais serias, aquilo me deixou mais tranquila. Tyler me procurava e eu o evitava loucamente, ate escondida atrás do lixo já havia me escondido.
Eu e Robert estávamos firmes e fortes, ele sempre passava as noites comigo que era o tempo que podíamos ficar juntos, as vezes íamos na cafeteria, parque ou passeios noturnos. Esse final de semana estávamos livres, Robert não teria nenhum show e eu também não tinha nada previsto, então preparei um encontro romântico para nós e também eu queria fazer uma surpresinha para Robert...
Lá estava Robert olhando para meu pequeno embrulho, seus amigos espreitando "dirfaçadamente".
-Então você quer que eu abra o presente agora?-Disse Robert desconfiado.
-SIIIM!-Eu disse animadamente.
-Esta bem.-Disse sorrindo e começou a desembrulhar o presente.-UMA CUECA?-Falou pegando a cueca minuscula, enquanto seus amigos davam gargalhadas, eu me segurava firmemente.
-Espero ter acertado o tamanho.-E cai na gargalhada também, ele continuou gritando dizendo que ele não usava aquele tamanho, eu ria incontrolavelmente junto com os amigos de Robert.Eu suspirei tentando controlar minha risada.
-Ai, ai, calma Esthela...Robert isso é uma brincadeira.
-Já percebi!-Falou meio irritado cruzando os braços.
-Eu tenho outra surpresa.
-Já chega! Só me compense na cama e esta tudo perfeito.
-Calado!-Eu disse corada.-Você topa ou não?
-Com você eu topo tudo.-E me deu um beijo.Nós despedimos dos rapazes e fomos para nossa tarde romântica.Logo chegamos no parque e eu o indiquei para o lago.
-O que? Vamos ver sapos nadar no lago ?
-Não babaca...espera...tem sapos nesse lago?-Eu disse um pouco apavorada, ele sorriu e disse:
-Vamos logo.
Peguei o barco que havia alugado, já estava tudo preparado, cesta com algumas guloseimas, bebidas e meu livro de meus trechos preferidos.
-O que é isso? Uma tarde literária?
-Você esta mais irritante que o normal.
Entramos no barco e fomos navegando ate o meio do lago e paramos.
-Não há lugar mais bonito para ler...-Robert resmungou algo.-...e namorar é claro.-Robert abriu um sorriso.
-Agora falou a minha língua.
-Quem vai começar ler?-Robert fez cara de desinterresado, então comecei
"Eu te beijo escrevendo poemas.
Os poemas melancólicos são os beijos mais próximos, os ditos melosos.
Os tristes, são os beijos entre soluços e lagrimas,
Já poemas felizes, são aqueles que não se regram a meros lábios,
beijam de corpo a corpo. Eu sou o poeta do beijo."
-Cara, nunca pensei que eu iria gostar.-Eu dei um sorriso satisfeita e levei meu livro ate ele.-Entendi:
"Minha pele encontra-se irritada
com marcas feridas a brasa,
minha pele encontra-se chamuscada
queimada de dentro pra fora pelo desejo
de fora para dentro pelo brasão do teu beijo ardente, carente,
um tanto eloquente."
Ele me olhou-Caramba Esthela versos libidinosos.Dei uma daquelas risadas gostosas e Robert retribuiu.
-São versos intensos.-Disse um pouco envergonhada.
E assim ficamos recitando vários poemas, eu conhecia a maioria então Robert lia mais de um, parecia animado o que me deixou feliz, extremamente feliz.Eu e Robert paramos um pouco para comermos algo.
-É então parece que nossa "tarde literária" não foi totalmente perda de tempo?
-É o que parece.-Disse irônico.-Mas cadê a parte do "namoro"?
-Talvez eu tenha mentindo um pouco.-Disse provocativa.
Robert se levantou e começou a vir sobe minha direção o que fez com que o barco fizesse movimentos de la pra cá.
-Robert você vai virar o barco.-Falei o repreendendo.
-Só um idiota viraria um barco.-Falava Robert quando se desequilibrou e caiu na água. Eu gargalhava.
-Realmente, um idiota.
Robert também dava risada quando se aproximou do barco.
-Idiota? Ah é? Veremos.-Falou dando risadinha.E logo me puxou do barco.
-ROBERT NÃO!-Gritei antes de cair na água.-Ah não.-Choraminguei enquanto jogava água em Robert que revidava, e assim ficamos algum tempo nos divertindo na água.
.
-Vamos sair.-Disse Robert serio.
-Serio? Sr. Robert acabando com a diversão?-Eu disse surpresa.
-Claro.-Disse ele se aproximando de mim pela água.-Você pode ficar doente.-E me levantou pela cintura e me colocou no barco.-Vamos pra casa.-Disse Robert por fim.
Fui o fizemos, viemos para casa.
-Eu vou no meu quarto, depois dou uma passadinha no seu.-E deu uma piscadinha e eu retribui sorrindo.
Quando eu estava abrindo a porta do meu quarto, Robert veio correndo e me beijou.
-Você é mesmo uma danadinha.
-Gostou da surpresa?
-Então a nossa tarde?
-Sim foi só para você não ver a surpresa.
Ele me puxou e fomos ate seu quarto.
-Obrigado pelo céu.-Disse ele sorrindo.O teto do quarto de Robert estava repleto de estrelas, planetas...um céu fictício, estava lindo.
-Eu também tenho algo para você, eu ia te entregar amanhã, no dia dos namorados mas...-Falou enquanto tirava um linda caixa de presente.-Aqui.
Eu abri enquanto nos sentávamos na cama de Robert.
-Você esta de brincadeira né?-Eu disse corada quando olhei dentro da caixa, uma lingerie vermelha.
-Digno de um céu estrelado não acha?
-Ai seu idiota!-Falei jogando a lingerie em Robert.
-Olha na caixa de novo.
E quando eu olhei tinha um livro.
-A culpa é das estrelas.-E sorri ao ler o titulo do livro.-Obrigado Rob.-E dei-lhe um selinho o que fez Robert sorrir.-Quantos sorrisos você deu hoje?-Eu disse curiosa.
-Dou um cada vez que me lembro de você.
-E isso é muito?
-Passo o dia sorrindo.
Tinha medo de um "eu te amo" sair da minha boca, até que naquela hora ele saiu.Eu gelei, olhei para Robert que sorriu e disse:
-Eu também.-E o silencio reinou com Robert sorrindo e me fitando com os olhos brilhando.
-Estou com frio.-Falei.
-Quer alguma blusa minha?-Robert disse preocupado.
-Ai cara! Espera, não é assim, você tem que me abraçar! Vamos começar de novo...estou com frio.
Robert riu e me abraçou fortemente fazendo eu cair na cama, deitando. Não existia nada mais forte, seguro e protetor do que aquele abraço, não qualquer abraço, mas o do Rob.
-Deite-se sobre meus braços, durma segura.-Sussurrou Robert antes de me dar um beijo na testa e fechar os olhos, eu me aconcheguei naqueles braços e fiz o mesmo.
Quando acordei Robert não estava mais ali.
-Ai idiota me deixou sozinha.-Disse aborrecida e ainda sonolenta.
Fui para meu quarto escovei os dentes, tomei banho, me troquei e desci para o café.
-Bom dia,tia.-Falei lhe dando um beijo na bochecha.
-Bom dia querida.
-Cade o Rob?
-Saiu logo cedo.
-Ah é? Ele disse pra onde iria?
-Não me disse nada.
-Esta bem, então já vou indo para escola quem sabe não o encontro.
Engoli um copo de suco, peguei uma torrada e fui para à escola.
No caminho, paro em alguns lugares e nada de Robert, ate que desisti. Ja estava perto da escola quando uma vitrine de uma loja me chama atenção, la estava uma pulseira de rock, super fofa, eu já tinha feito aquela surpresa mas resolvi presentear para Robert, já que hoje era o dia dos namorados.Comprei e nela gravei um verso de umas das suas musicas "Sussurro seu nome em meio à escuridão" e nossas iniciais "R.E".
E sigo para escola, antes de entrar para a sala vou ate o armário de Robert e deixo seu presente la, é tradição deixar presentes em armários, em frentes portas, muitos se declaram levando presentes ao seus amados, também servia para amigos ou familiares.No armário de Robert estava cheio de presentes, fãs.Deixem o meu e fui ate a sala, os presentes só eram abertos no intervalo.Que chegou rapidamente, tentei achar Robert e nada e então vou para meu armário. Quando abro tem um pequeno embrulho, flores e algumas cartinhas românticas. Abro o embrulho e dentro dele havia um ursinho junto com uma caixinha, abro a caixinha e la havia duas alianças.
-ô meu deus.-Eu disse encantada, li nossos nomes grifados.Olhei para as flores.Se este é o presente do Robert, aquele era do Tyler.Na mosca, não havia cartão mas eram as mesmas flores do outro dia só que erma de outra tonalidade. Ja as cartinhas eram de alunos que eu nunca havia falado.Guardei os presentes e peguei somente o ursinho e coloquei a aliança.
-Boa menina.-Disse Robert por trás, me virei.-Gostou?
-Adorei!-Eu disse com um grande sorriso.-É Oficial?
-Claro, pra sempre meu anjo.-Falou segurando meu rosto com as mãos e então eu vi que no pulso dele estava a pulseira que eu dei e em uma de suas mãos havia uma aliança também.-Ah e obrigado pelo presente, foi o que eu mais gostei, te amo.-Sorriu e me deu um beijo.
-Eu também.-Sussurrei enquanto o abraçava.
-Deus sabe o quanto isso é difícil pra mim, mas hoje terei ensaio então não vou poder ficar insistindo para fazermos... você sabe.-Disse piscando e sorrindo.
-Idiota, devo agradecer à quem?
Ele ficou comigo durante o intervalo, depois fomos para a aula.De tarde fui ao meu trabalho, no qual tive que organizar todos os novos instrumentos que havia chegado, cheguei em casa exausta, tomei um banho e me deitei "desmaiando" na cama.
Acordo com meu celular tocando:
-Alô?
-Esthela, Robert e seus amigos, estão levando eles para a delegacia.-Era Ruan.
-Como? Estou indo para ai.
Me troquei rapidamente e corri para a delegacia.
-Oi, por favor, onde esta o rapazes que foram presos agora a pouco?
-Eles estão conversando com o delegado.-Disse um policia que ali estava.
-Pode me dizer o que aconteceu?
-Parece que eles são de uma gangue, bateram em um rapaz até a morte.
Eu agradeci e esperei Robert sair, logo que sairão suas respectiva famílias foram ate os meninos Alex, Joe e Ryan. Me senti meio fora de contexto então fiquei só espreitando.Pelo que eu havia entendido eles se envolveram em uma briga, "briga de gangues" e um dos rapaz da outra fora morto.Robert se aproximou de mim:
-Como foi capaz Robert?
-O que?
-Se meter com algo assim? Mas eu tento entender que foi por influências.-E abaixei a cabeça, segurando as lagrimas.
-Eu não quero te ver nunca mais Esthela. Nunca mais.-E saiu me dando as costas.
Como? Eu que deveria ter aquela reação...ele não tem o direito. Passei por cima de tudo, perdoando, por amor.
Eu estava parada perplexa, minha tia me chamou para irmos para casa. No caminho minha tia chorava incontrolavelmente enquanto meu tio tentava consola-la.
-Calma, você sabe que ele não faria isso. Ele vai ficar pouco tempo já liguei para meu advogado, Ruan tem câmeras de segurança de lá perto que vão afirmar que Robert só estava ali tentando impedir seus amigos.
-Eu sei que ele não faria, então porque ele tem que ficar la?-Choramingava minha tia.
-Só ate o julgamento, meu amor, tenha calma por favor, só fara com que Robert fique pior.
Eu continuei calada no carro, estava amanhecendo.Quando cheguei em casa corri para o quarto. Olhei no espelho e vi um abismo em meu olhar , olhei para minha mão que ali havia a aliança e em um canto do quarto me encolhi coloquei minha cabeça sobre meus joelhos e deixei as lagrimas irracionais caírem desenfreadas.
Eu não sabia em que acreditar e as duas opções me deixavam completamente desnorteada. Chorei ate dar dor de cabeça, chorei ate dormir...e acordei chorando ainda mais.
Ja era tarde então tive que correr para o trabalho.
-Boa tarde Ruan.-Falei com uma voz rouca.
-Oh querida, boa tarde, você esta bem?
-Estou.
-Não parece.-E me abraçou e lagrimas brotou dos meus olhos.
-Estou bem.-Disse sentindo as lagrimas rolarem sobre minha face.
-Ele vai ficar bem, todo mundo sabe que ele seria incapaz de algo assim.
-Você também acredita?
-Mas é claro quem conhece e ama o Robert sabe disso.
- Então talvez eu não o conheça...ou não o ame.-Ruan me olhou confuso.-Eu não acreditei.
Ruan me olhou com um olhar piedoso e me abraçou novamente.
-Ô querida.-Nem mesmo ele sabia achar palavras, então ele me dispensou do trabalho até que me sentisse bem. Não sei se ele fez bem, em casa eu só chorava, me alimentava mal e quando alguém ia me consolar sempre falava a mesma coisa "ele nunca faria isso, nos acreditamos nele", o que me fazia me sentir cada vez pior, eu que era a namorada dele não havia acreditado, mas que especie de pessoa eu era afinal?
Finalmente passou uma semana, e o dia do julgamento havia chegado todos estavam do lado de Robert, inclusive eu, mas acho que isso não contava mais.
Eu estava sentada um pouco mais no fundo quando Robert entrou pela aquela sala, com uma expressão de dor e ódio, eu me encolhi um pouco na cadeira e depois observei Robert não estava nem com a aliança e muito menos com a pulseira que eu havia dado, percebi que ele percorria a sala com os olhos, ate que seus olhos pousou sobre mim, ficamos nos encarando por um tempo ate que eu desviei o olhar e olhei para o chão me sentia envergonhada, quando olhei novamente ele estava fitando suas mãos fechado em punho.
Quando o juiz viu as gravações concluiu que Robert era inocente, e o que eu havia concluído era: Eu havia julgado sem ao menos saber o que tinha acontecido de fato, eu era a pior.
No final os culpados foram encaminhados para fundações de menores, menos Robert e Alex foram inocentados.
"Foi um julgamento justo", todos diziam quando saímos do tribunal, Robert não tinha falado uma palavra e minha tia estava enroscada em um de seus braços e meu tio ia na frente falando com alguns homens e eu novamente fora de contexto.
No carro Robert ficou um pouco incomodado com minha presença, o que só fez eu me sentir pior e pior.
Ja em casa me senti uma vontade irrevogável de falar com Robert, então fui ate o quarto dele, quando cheguei no seu quarto me deparei com ele arrancando o céu fictício.
-Posso entrar?-Perguntei cabisbaixa.
-Não.-Disse ríspido, sem ao menos olhar para minha cara.
-A-Ah.-Gaguejei.-Entendo, você quer descansar.
-Não, eu só não quero falar com você.-Engoli um seco e segurei minhas lagrimas sentindo um nó na garganta.
-Mas...mas...porque?
-Sai Esthela.-Disse Robert tentando manter a calma.
-Mas eu te amo.
- Ama? Você não acreditou em mim. Você achou que eu mataria alguém. Meu deus Esthela.
- Eu errei, mas se põe no meu lugar, por favor.
- Se eu me por em seu lugar posso descobrir que tudo que você disse sentir por mim é mentira! Saia!